Hoje eu não quero estar com minha mente inundada por reclamos, ou mágoas...
Hoje eu quero assistir ao correr manso das águas,
brindando a natureza com o seu suave frescor.
Não que eu queira me omitir.
Nem de longe imaginar que eu queira ser egoísta.
Só que hoje eu resolvi me dar um tempo.
Será que mereço?
Quero cantar com as crianças,
abraçar-me com a esperança,
E vestir-me com uma roupa melhor.
Quero afastar o pensamento
de que eu seja sempre o pior.
Quero estabelecer contato,
com o que esteja em mim inserido de fato,
De forma divina, natural.
Quero, portanto, hoje,
estar de mãos dadas com a sensibilidade.
Quero falar manso, agir de forma discreta.
Sem fazer qualquer tipo de alarde.
Quero passear pela cidade,
como se no campo estivesse.
Quero crer piamente, que ainda tem jeito.
Que nós podemos realmente ratificar,
a nossa natureza tendente ao Bem.
Quero cantar, dançar...
Caminhar na chuva.
Sentar no meio fio,
Colocar o rosto entre as mãos,
E olhar para o céu.
Sentir o vento.
Agradecer a brisa.
Ver os micro animais vivendo
socialmente em colônias imensas.
Enterrar as mãos entre os cabelos...
não num gesto nervoso.
Mas numa reação de desprendimento.
Nada de adagas, feridas, intrigas...
Hoje eu quero me recompensar
Pelo meu presente, que é o estágio onde vivo.
Dar moral para os meus gestos puros.
Valorizar meu sorriso.
Voltar a conversar com a alegria.
E por que não?
Correr... Brincar de ciranda...
Sentar na varanda. Rodar pião.
Escutar meu coração.
Saborear um sorvete. Hummmm!!!!
Mandar um bilhete sutil,
pra aquela namorada de quem eu tanto gostava,
e que pelo tempo sumiu...
Por favor!
Hoje eu decreto feriado
Na minha fábrica de células!
Na minha mente aparentemente cansada.
Não haverá expediente em minha fábrica!
Hoje eu quero ver se retomo
aquilo que, de forma serena,
Resgatar vale a pena.
Porque ainda penso que posso...
e quero AMAR!
Autor desconhecido
Autor desconhecido
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