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terça-feira, 24 de abril de 2012

Daqui a dez anos



Que idade tem a leitora? E o leitor?
Não, não me precisam dizer, não faz diferença.
O que eu quero dizer é que a leitora, daqui a 10 anos,
estará dez anos mais velha.
E o leitor também, é claro.


E não é formidável isso?
Sim, eu sei, estou dizendo uma baita bobagem, mas uma bobagem que não me pode ser desmentida, pois não?

E se digo isso, essa obviedade, é porque já ouvi muita gente dizendo que está velha para muitas coisas.

A leitora, por exemplo, se tiver hoje 40 anos e já se achar "velha" para certas iniciativas, saiba que daqui a 10 anos vai olhar para trás e dizer que perdeu tempo, que quando tinha 40 anos era um "brotinho" e não se dera conta.

Chegará aos 50 para se dar conta do equívoco. Bolas, se isso vai acontecer, e vai, então é sábio que comece hoje a fazer o que tem vontade: iniciar um curso de francês, abrir uma lojinha de cosméticos, "arriscar" numa arte longamente sonhada e incubada por razões diversas, o que quiser, só não vale dizer que não tem mais idade.

A vida é implacável. Daqui a 5, 10 ou 15 anos, a pessoa vai olhar para trás e ver como foi boba.

Talvez o leitor mais velho concorde comigo. Aliás, não é concordar comigo mas com a vida, com as idades da vida.

Uma pessoa que comece hoje, por exemplo, a estudar francês, tenha a idade que tiver, daqui a 10 anos terá 10 anos de prática, e duvido que não "arranhe" bem o francês que hoje é apenas sonho.

E assim o leitor. Tem vontade de voltar aos estudos, começar numa nova área, fazer, enfim, alguma coisa sonhada, imaginada, mas que não faz, que não inicia agora por se achar velho, é assim?

Velho é o tempo. Insisto, daqui a 10 anos, a leitora e o leitor vão ver como eram "jovens" há 10 anos, há 10 anos atrás, como se costuma dizer...

Vandré, o compositor maldito do tempo da ditadura, tinha razão:

"Quem sabe faz a hora, não espera acontecer."

Verdade. Verdade sem retoques.

De minha parte, quando comecei no rádio, aos 17 anos, aprovado num concurso de locutores - não entrei pela mão de ninguém, de ninguém, de ninguém - eu olhava para um colega de 30 anos e, Santo Deus, olhava para aquele "velho" com admiração;
admiração e - confesso - pena.

Ah, meu Deus, quem dera ter hoje aqueles 30 anos de "velho"... Que lições o tempo nos dá. É preciso ser esperto, dar-se conta de que o agora é o grande momento da vida, tenhamos a idade que tivermos. Pensas num negócio? Mãos à obra, comece hoje a mexer os pauzinhos. E o leitor, pensa em voltar a estudar? E por que não? Toque a fazer a matrícula. Seja o que for, comece, envolva-se, volte a viver, já, agora, hoje.

Santo Deus, quase esquecia de dizer que isso tudo vale também para o amor.

Nunca é tarde para sentir o coração bater
por outro coração...


Luiz Carlos Prates
Psicólogo e Jornalista

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