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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Reforma Íntima Sem Martírio - Capítulo I - Dores do Martírio



Não consiste a virtude em assumirdes severo e lúgubre aspecto, em repelirdes os prazeres que as vossas condições humanas vos permitem.”

(Um Espírito Protetor – Bordéus, 1863. O Evangelho Segundo Espiritismo - Capítulo XVII- item 10)

“Em razão do complexo de inferioridade que assola expressiva parcela das almas na Terra e, cientes de que semelhante vivência psicológica deve-se ao nosso ‘voluntário afastamento de Deus’ ao longo das etapas evolutivas fazendo-nos sentir inseguros e impotentes, hoje, criamos as ‘capas mentais’ para nos sentirmos minimamente bem e levarmos avante o desejo de existir e viver. Essas capas são as estruturas do “eu ideal”, que nos leva a crer sermos mais do que realmente somos, uma defesa contra as mazelas que não queremos aceitar em nós mesmos.


A melhora íntima autêntica ocorre pelo processo de conscientização e não pelas dores decorrentes de cobranças e conflitos interiores, que instalam ‘circuitos fechados’ e pane na vida mental.

O que define a condição psíquica de martirizar-se é o fato de se crer no desenvolvimento de qualidades que, de fato, não estão sendo trabalhadas na intimidade. São as dores impostas a nós mesmos pelas atitudes de desamor, quando acreditamos no “eu-ideal” e negamos o “eu-real”.

Quase sempre as dores do martírio decorrem de não querermos experimentar as dores do crescimento.


Destacamos que, a maneira pela qual reagimos a nossos erros tem sido um canal de acesso a infinitas dimensões expiatórias. Muitos corações transformam o erro e a insatisfação com suas experiências, em quedas lamentáveis, quando a escola da vida, na verdade, é um gesto de sabedoria e complacência convidando-nos sempre a reerguer e recomeçar.

Essa forma inadequada de reagir a nossos erros abre porta para muitas consequências graves e, às vezes, maior que o próprio erro em si. Alguns sintomas são destacados: estado íntimo de desconforto e desassossego, torturante sensação de perda de controle sobre a existência, baixa tolerância à frustração, ansiedade de origem ignorada, medos incontroláveis de situações irreais, irritações sem motivos, sofrimento por antecipação, descrença no esforço de mudança, desânimo, mau humor e intenso desgaste energético, são algumas dores do martírio.

Quando permanecem prolongadamente esses quadros psicológicos, configuram uma auto-obsessão que pode atingir outros patamares e ilimitadas doenças físicas.

Nas lides espíritas condicionou-se a ideia de que sofrer é sinônimo de crescer e de que sofrer é resgatar e quitar.

Não é a intensidade da dor que educa, e sim o esforço de aprender amenizá-las.

Constatamos que existe muita impaciência com a reforma íntima devido à angústia causada ao espírito devido ao contato com sua verdadeira condição diante do Universo. Cria-se assim, através de mecanismos mentais, as ‘virtudes de adorno’.

Essa neurotização da virtude gera um sistema de vida cheio de hábitos e condutas rígidas. Adota-se procedimentos que não são sentidos e isso nos distancia ainda mais da autêntica mudança. Passamos, então, a nos preocupar com o que não devemos fazer, esquecendo o que deveríamos estar fazendo. E quando se afirma – ‘Não posso mais falhar!’ -, será mais difícil ainda, a conquista de si mesmo.

A Reforma Íntima deve ser considerada como melhoria de nós mesmos e não a anulação de uma parte de nós considerada ruim. É uma proposta de aperfeiçoamento gradativo cujo objetivo é a nossa felicidade. Quem está na reforma interior tem um referencial fundamental para se auto-analisar ao longo da caminhada educativa: quem se renova alcança a maior conquista das pessoas livres e felizes – o prazer de viver! "


Que possamos neste estudo, aprender com os pássaros.
Voar juntos para somarmos os rumos.
E voar sozinhos para desenvolvermos as próprias asas.

Beijos no coração de todos e boa semana !


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