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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

O gato e a espiritualidade




RELACIONAMENTO

Quem não se relaciona bem com o próprio inconsciente não topa o gato.

Ele aparece, então, como ameaça, porque representa essa relação precária do homem com o (próprio) mistério.

O gato não se relaciona com a aparência do homem. Ele vê além, por dentro e pelo avesso. Relaciona-se com a essência.

Se o gesto de carinho é medroso ou substitui inaceitáveis (mas existentes) impulsos secretos de agressão, o gato sabe. E se defende do afago.

A relação dele é com o que está oculto, guardado e nem nós queremos, sabemos ou podemos ver.

Por isso, quando surge nele um ato de entrega, de subida no colo ou manifestação de afeto, é algo muito verdadeiro, que não pode ser desdenhado. É um gesto de confiança que honra quem o recebe, pois significa um julgamento.

O homem não sabe ver o gato, mas o gato sabe ver o homem.

Se há desarmonia real ou latente, o gato sente. Se há solidão, ele sabe e atenua como pode, ele que enfrenta a própria solidão de maneira muito mais valente que nós.

Nada diz, não reclama. Afasta-se. Quem não o sabe "ler" pensa que "ele" não está ali.

Presente ou ausente, ele ensina e manifesta algo.

Perto ou longe, olhando ou fingindo não ver, ele está comunicando códigos que nem sempre (ou quase nunca) sabemos traduzir.

O gato vê mais e vê dentro e além de nós.

Relaciona-se com fluídos, auras, fantasmas amigos e opressores.

BRUXO, ALQUIMISTA...

O gato é médium, bruxo, alquimista e parapsicólogo.

É uma chance de meditação permanente a nosso lado, a ensinar paciência, atenção, silêncio e mistério.

O gato é um monge silencioso, meditativo e sábio monge, a nos devolver as perguntas medrosas esperando que encontremos o caminho na sua busca, em vez de o querer preparado, já conhecido e trilhado.

O gato sempre responde com uma nova questão, remetendo-nos à pesquisa permanente do real, à busca incessante, à certeza de que cada segundo contém a possibilidade de criatividade e de novas interrelações, infinitas, entre as coisas.

O gato é uma lição diária de afeto verdadeiro e fiel. Suas manifestações são íntimas e profundas. Exigem recolhimento, entrega, atenção.

Desatentos não agradam os gatos. Bulhosos os irritam.

Tudo o que precise de promoção ou explicação quer afirmação.

Vive do verdadeiro e não se ilude com aparências.

Ninguém em toda natureza aprendeu a bastar-se (até na higiene) a si mesmo como o gato!

LIÇÕES

Lição de sono e de musculação, o gato nos ensina todas as posições de respiração ioga. 

Ensina a dormir com entrega total e diluição recuperante no Cosmos.

Ensina a espreguiçar-se com a massagem mais completa em todos os músculos, preparando-os para a ação imediata.

Se os preparadores físicos aprendessem o aquecimento do gato, os jogadores reservas não levariam tanto tempo (quase 15 minutos) se aquecendo para entrar em campo.

O gato sai do sono para o máximo de ação, tensão e elasticidade num segundo.

Conhece o desempenho preciso e milimétrico de cada parte do seu corpo, a qual ama e preserva como a um templo.

- Lição de saúde sexual e sensualidade.
- Lição de envolvimento amoroso com dedicação integral de vários dias.
- Lição de organização familiar e de definição de espaço próprio e território pessoal.
- Lição de anatomia, equilíbrio, desempenho muscular.
- Lição de salto.
- Lição de silêncio.
- Lição de descanso.
- Lição de introversão.
- Lição de contato com o mistério, com o escuro, com a sombra.
- Lição de religiosidade sem ícones.
- Lição de alimentação e requinte.
- Lição de bom gosto e senso de oportunidade.
- Lição de vida, enfim, a mais completa, diária, silenciosa, educada, sem cobranças, sem veemências, sem exigências.

INTERIORIZAÇÃO E SABEDORIA

O gato é uma chance de interiorização e sabedoria, posta pelo mistério à disposição do homem.

O gato é um animal que tem muito quartzo na glândula pineal, é portanto um transmutador de energia e um animal útil para cura, pois capta a energia ruim do ambiente e transforma em energia boa,

- normalmente onde o gato deita com frequência, significa que não tem boa energia
- caso o animal comece a deitar em alguma parte de nosso corpo de forma insistente, é sinal de que aquele órgão ou membro está doente ou prestes a adoecer, pois o bicho já percebeu a energia ruim no referido órgão e então ele escolhe deitar nesta parte do corpo para limpar a energia ruim que tem ali.

Observe que do mesmo jeito que o gato deita em determinado lugar, ele sai de repente, pois ele sente que já limpou a energia do local e não precisa mais dele.

O amor do gato pelo dono é de desapego, pois enquanto precisa ele está por perto, quando não, ele se afasta.

NO EGITO


No Egito dos faraós, o gato era adorado na figura da deusa Bastet, representada comumente com corpo de mulher e cabeça de gata.

Esta bela deusa era o símbolo da luz, do calor e da energia.

Era também o símbolo da lua, e acreditava-se que tinha o poder de fertilizar a terra e os homens, curar doenças e conduzir as almas dos mortos.

Nesta época, os gatos eram considerados guardiões do outro mundo, e eram comuns em muitos amuletos.

O GATO IMORTAL

"O gato imortal existe, em algum mundo intermediário entre a vida e a morte, observando e esperando, passivo até o momento em que o espírito humano se torna livre. Então, e somente então, ele irá liderar a alma até seu repouso final."

RELAÇÃO – INDEPENDÊNCIA E AFETO

O gato só aceita uma relação de independência e afeto. E como não cede ao homem, mesmo quando dele dependente, é chamado de arrogante, egoísta, safado, espertalhão ou falso.

"Falso", porque não aceita a nossa falsidade com ele e só admite afeto com troca e respeito pela individualidade.

O gato não gosta de alguém porque precisa gostar para se sentir melhor. Ele gosta pelo amor que lhe é próprio, que é dele e ele o dá se quiser.

O GATO É ZEN

O gato devolve ao homem a exata medida da relação que dele parte. Sábio e espelho. O gato é zen. O gato é Tao.

Ele conhece o segredo da não-ação que não é inação.

Nada pede a quem não o quer.

Exigente com quem ama, mas só depois de muito certificar-se.

Não pede amor, mas se lhe dá, então ele exige.

Sim, o gato não pede amor. Nem depende dele. Mas, quando o sente é capaz de amar muito. Discretamente, porém sem derramar-se.

O gato é um italiano educado na Inglaterra. Sente como um italiano mas se comporta como um lorde inglês.

Fonte:
The Mythology Of Cats,
Gerald & Loretta Hausman
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