O CÍRCULO
O cosmo gira, as galáxias giram, o sistema planetária gira, a terra em seus movimentos de translação e rotação, todo o universo gira em círculos.
Símbolo da eternidade. Símbolo arquetipal da totalidade, integralidade, junto com a esfera significa proteção, significa o dinamismo psíquico, o mundo manifestado.
É o símbolo da perfeição, daquilo que começa e acaba em si mesmo, da unidade, do infinito e do absoluto. Em muitos casos, são atribuídos aos círculos certos poderes mágicos, de proteção contra os seres maléficos e as vibrações negativas. É utilizado em muitas práticas de magias e nos rituais de iniciação.
NA MAÇONARIA
O CÍRCULO, com significado bem definido e aceito, tanto simples, ou "limpo", quanto com a inscrição de outras figuras no seu interior, assim pode-se considerar:
CÍRCULO - é o símbolo universal do infinito, do universo, do todo. Conhecido, também, como "o olho fechado de Deus".
CÍRCULO COM PONTO NO CENTRO - conhecido como "o olho aberto de Deus", é a representação simbólica da primeira manifestação divina, ou do princípio criador.
CÍRCULO COM TRIÂNGULO EM SEU INTERIOR - simboliza o ternário divino, ou o princípio espiritual dentro do todo, do universo (que é o círculo).
CÍRCULO COM QUADRADO EM SEU INTERIOR - simboliza o princípio material, ou quaternário, dentro da totalidade, do universo.
CÍRCULO COM CRUZ NO SEU INTERIOR - formado pelo círculo e por duas retas, uma vertical e outra horizontal, que se cruzam, dividindo o círculo em quatro partes iguais, é o símbolo do momento inicial da criação, quando o princípio masculino impregna o feminino.
CÍRCULO DIVIDIDO - formado pelo círculo, cortado horizontalmente por uma reta que o divide em duas partes iguais, simboliza a primeira divisão do princípio divino, em duas polaridades opostas e que se complementam: uma ativa (masculina) e outra passiva (feminina).
CÍRCULO MÁGICO - Dois círculos concêntricos, com desenhos geométricos, sinais como uma estrela no meio, mágicos, dentro do círculo, é uma ferramenta mágica de comunicação entre os dois planos, servindo como evocação, proteção e portal de acesso com o astral. Os pontos traçados da umbanda e do candomblé são exemplos típicos.
O círculo também está presente num importante símbolo da alquimia, o da Pedra Filosofal.
Nesse, há as figuras de um homem e de uma mulher --- representando a eternidade --- dentro de um círculo, inscrito num quadrado que, por sua vez, se inscreve num triângulo, estando, todo o conjunto, incluído num círculo maior. O símbolo, para a alquimia oculta, simboliza a transmutação do quaternário inferior (quadrado) no ternário divino (triângulo), superior ao Homem.
Não se considera como um símbolo o chamado "Círculo Mágico", usado, obviamente, em operações de magia. Essa figura é formada por um círculo, no qual se inscrevem um triângulo, um quadrado e uma estrela de cinco pontas, sendo traçada no solo e tendo, como finalidade, proteger o evocador dos ataques das potências malignas invocadas.
Em Maçonaria, o Círculo é um símbolo muito importante e também representa o Universo, o Cosmo, a Totalidade. Mas, nela, existem as variações, ou as figuras compostas:
O Círculo entre Paralelas Tangenciais e Verticais é também importante símbolo maçônico e, como essas paralelas representam os trópicos de Câncer e de Capricórnio, a figura mostra que o Sol não transpõe os trópicos e recorda, ao maçom, que as concepções metafísicas e a consciência religiosa de cada obreiro são de foro íntimo e, portanto, invioláveis.
O Círculo com Ponto do Meio, também é, como ensinamento maçônico, importantíssimo, pois o ponto no centro do círculo representa um local estático: quando uma roda (círculo) gira, todas as suas partes movem-se, com exceção do ponto central, que fica estático.
Ele é, assim, o local de menor turbulência, de menor agitação (alguns o assimilam, inclusive, à Câmara do Meio, o que é um raciocínio forçado). É o centro onde a inteligência é iluminada pela Luz da Verdade e onde se encontram os verdadeiros Mestres, que, depois do estudo e da profunda meditação, podem melhor compreender os mistérios da Natureza.
Sendo o ponto de nula turbulência, onde, simbolicamente, não reinam as paixões humanas, é onde o Mestre tem a lucidez necessária para evitar os erros e as falhas humanas.
O Círculo com o Triângulo no centro, que simboliza o princípio espiritual dentro da totalidade, e o Círculo com o Quadrado no centro, simbolizando o princípio material dentro do todo, também podem ser encontrados em alguns Altos Graus maçônicos.
Deve-se considerar também o Círculo onde se inscreve o Triplo Tau, próprio do Real Arco do Emulation, onde alguns autores vêm o símbolo da cruz, segundo o esoterismo cristão.
Do livro "Consultório Maçônico" - Vol. IV
Editora A Trolha - 1a. ed. 1994.
São rodas, girando, usinas energéticas, espirais, cônicas, em espirais. O espiral é o arquétipo do cosmo, da evolução, significa a evolução energética. Visto de cima, uma espiral é um ponto que vai circulando, se abrindo, exteriorizando ou interiorizando movimentos condutores de energia.
TRIÂNGULO
Nas escolas esotéricas, o triângulo significa a trindade divina que é: harmonia, perfeição e sabedoria.
TRIÂNGULO EQUILÁTERO:
O triângulo tem uma grande significação espiritual. O Triângulo equilátero simboliza os ternários ou tríades sagradas, conceito comum à maioria das religiões (exemplo: Tríade Hindu, taoista, a trindade cristã (Pai, filho, espírito santo), na maçonaria, nas religiões, principalmente no judaísmo, o triângulo positivo e negativo formam a estrela de Salomão. O triângulo isolado representa a neutralidade. Representa o equilíbrio de três forças divinas. Representa, acima de tudo, O trino, a TRINDADE. (Ver estrela de Salomão)
TRIMURTI: Palavra sânscrita que significa "três formas" ou "três faces". Designa essa trindade hindu constituída pelos deuses: Brahma, Shiva e Vishnu, que são 3 forças cósmicas: criação, conservação, destruição.
TRIÂNGULO ISÓSCELES POSITIVO:
O triângulo com dois lados iguais e o ápice agudo voltado para cima simboliza o ternário masculino evolutivo. Representa o anseio do espírito em se libertar da matéria.
TRIÂNGULO ISÓSCELES NEGATIVO:
Esse mesmo triângulo com a ápice voltada para baixo significa o ternário feminino, principio espiritual voltado para a matéria.
Em geral, o triângulo negativo tem uma significação correspondente ao que está com a ponta voltada para cima. Ou seja o que está embaixo é igual ao que está encima e vice-versa. Porém, o primeiro voltado para o espírito, o segundo voltado para a matéria.
OLHO QUE TUDO VÊ:
O Olho da Providência ou o Olho que Tudo Vê é um símbolo exibindo um olho cercado por raios de luz ou em glória, normalmente dentro de um triângulo. Costuma ser interpretado como a representação do olho de Deus observando a humanidade. Está estampada na nota de 1 dólar americano.
Origem
Na sua forma atual, o símbolo apareceu primeiro no oeste, durante os século 17 e 18, mas representações do Olho que Tudo Vê pode ser encontrado já na Mitologia Egípcia, no Olho de Hórus. Em descrições do século XVII, o Olho da Providência, algumas vezes, aparece rodeado de nuvens. A adição posterior de um triângulo normalmente é visto como uma referência mais explícita da Trindade de Deus, no cristianismo.
Também é um símbolo Maçon, evocação da idéia de Deus Representada pelo Triângulo, Delta Luminoso ou por Três. O Olho que Tudo vê aparece na torre da Catedral de Aachen.
ESTRELA DE DAVID:
Estrela de David (em português europeu) (em hebraico: מגן דוד, transl. Magen David), conhecida também como escudo supremo de Davi (David), é um símbolo em forma de estrela, formado por dois triângulos mágicos sobrepostos, iguais, tendo um a ponta para cima e outro para baixo, utilizado pelo judaísmo e por seus adeptos. Outro nome dado a este símbolo é "Selo de Salomão".
A palavra magen significa escudo, broquel, defesa, governante, homem armado, escamas. O substantivo magen, refere-se a um objeto que proporciona cobertura e proteção ao corpo durante um combate.
Estrela de Belém, a qual os reis magos seguiram até chegar até ao menino Jesus.
Esotericamente, TRIÂNGULO QUE APONTA PARA CIMA é o Karma ativo: a luz parte da ponta, se abrindo, em leque, para baixo; na UMBANDA está relacionada com duas mãos postas voltadas para cima, em oração aos senhores da luz, reproduz a elevação cósmica, o espiritual.
O triângulo voltado para baixo significa a lei da execução, o karma passivo. Na Kimbanda, o triângulo negativo são mãos postas voltadas para baixo, em oração ao senhores da forma (plano concreto).
A união dos dois resulta no HEXAGRAMA, que é a Harmonia dos opostos. Simboliza a reencarnação do homem na terra, o RESGATE e a ASCENÇÃO, o espiritual e o carnal.
PENTAGRAMA:
A estrela de 5 Pontas, o pentagrama está entre os principais e mais conhecidos símbolos, pois possui diversas representações e significados, evoluindo ao longo da história. Passou de um símbolo cristão para a atual referência, onipresente entre os neopagãos com vasta profundidade mágica.
Num dos mais antigos significados do pentagrama, os Hebreus designavam como a Verdade, para os cinco livros do Pentateuco (os cinco livros do Velho Testamento, atribuídos a Moisés). Na Grécia Antiga, era conhecido como Pentalpha, geometricamente composto de cinco As.
O pentagrama também é encontrado na cultura chinesa representando o ciclo da destruição, que é a base filosófica de sua medicina tradicional.
Neste caso, cada extremidade do pentagrama simboliza um elemento específico: Terra, Água, Fogo, Madeira e Metal. Cada elemento é gerado por outro, (a Madeira é gerada pela Terra), o que dará origem a um ciclo de geração ou criação. Para que exista equilíbrio é necessário um elemento inibidor, que neste caso é o oposto (a Água inibe o Fogo).
Os primeiros cristãos tinham o pentagrama como um símbolo das cinco chagas de Cristo.
Os Templários foram dizimados pela mesquinhez da Igreja e pelo fanatismo religioso de Luis IX, em 1303. Iniciou-se, assim, a Idade das Trevas, onde se queimavam, torturavam e excomungavam qualquer um que se opusesse a Igreja. Durante esse longo tempo de Inquisição, a igreja mergulhou no próprio diabolismo ao qual se opunha. Nessa época, o pentagrama simbolizou a cabeça de um bode ou do diabo, na forma de Baphomet, o mesmo que a Igreja acusou os Templários de adorar. Assim sendo, o pentagrama passou de um símbolo de segurança à representação do mal, sendo chamado de Pé da Bruxa. Assim, a perseguição da Igreja fez as religiões antigas se ocultarem na clandestinidade.
Ao fim da era das Trevas, as sociedades secretas começam novamente a realizar seus estudos sem o medo paranóico das punições da Igreja. Ressurge o Hermetismo e outras ciências, misturando filosofia e alquimia. Floresce, então, o simbolismo gráfico e geométrico, emergindo a Renascença, numa era de luz e desenvolvimento. O pentagrama agora significa o Microcosmo, símbolo do Homem de Pitágoras, representado através de braços e pernas abertas, parecendo estar disposto em cinco partes, em forma de cruz (O Homem Individual). A mesma representação simboliza também o Macrocosmo, o Homem Universal, um símbolo de ordem e perfeição, a Verdade Divina. Agrippa (Henry Cornelius Von de Agrippa Nettesheim), mostra proporcionalmente a mesma figura, colocando, em sua volta, os cinco planetas e a Lua no ponto central (genitália) da figura humana. Outras ilustrações do mesmo período foram feitas por Leonardo da Vinci, mostrando as relações geométricas do Homem com o Universo.
Posteriormente, o pentagrama também foi associado aos quatro elementos essenciais (terra, água, ar e fogo) mais o quinto, que simboliza o espírito (A Quinta Essência dos alquimistas e agnósticos).
Na Maçonaria, o Laço Infinito (como também era conhecido o pentagrama, por ser traçado com uma mesma linha) era o emblema da virtude e do dever. O homem microcósmico era associado ao Pentalpha (a estrela de cinco pontas), sendo o símbolo entrelaçado ao trono do mestre da Loja.
PENTAGRAMA INVERTIDO (SIMBOLO DAS FORÇAS DO MAL)
Com Eliphas Levi (Alphonse Louis Constant), o pentagrama, pela primeira vez, através de uma ilustração, foi associado ao conceito do bem e do mal. Ele ilustra o pentagrama microcósmico ao lado de um pentagrama invertido (formando a cabeça do bode, Baphomet).
O pentagrama voltou a ser usado em rituais pagãos a partir de 1940 com Gerald Gardner, sendo utilizado nos rituais simbolizando os três aspectos da deusa e os dois do deus, surgindo, assim, a nova religião Wicca. Desse modo, o pentagrama retoma sua força como poderoso talismã, ajudado pelo aumento do interesse popular pela bruxaria e Wicca que, a partir de 1960, torna-se cada vez mais disseminada e conhecida. Essa ascensão da Wicca gera uma reação da Igreja da época, chegando ao extremo quando Anton LaVey adota o pentagrama invertido (em alusão a Baphomet, de Levi), como emblema da sua Igreja de Satanás, e faz com que a Igreja Católica considere que o pentagrama (invertido ou não) seja sinônimo de símbolo do Diabo, difundindo esse conceito para os cristãos. Assim, naquela época, os Wiccanos para se protegerem dos grupos religiosos radicais, chegaram a se opor ao uso do pentagrama.
Até hoje o pentagrama é um símbolo que indica ocultismo, proteção e perfeição. Independente do que tenha sido associado em seu passado, ele se configura como um dos principais e mais utilizados símbolos mágicos da cultura Universal.
Por Spectrum
Colaboração de Vera Novo
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