Tudo começou com Isaac Newton (1642-1727) ao escrever o seu monumental “Os princípios matemáticos da filosofia natural”, em que consta a Dinâmica, parte da Mecânica que relaciona os movimentos com as causas, incluindo as famosas “Leis de Newton”: a lei da inércia, a lei da proporcionalidade entre as forças e a aceleração, e a lei da ação e reação.
Além disso, Isaac Newton descreve o seu método experimental, baseado na descrição matemática para se chegar à avaliação crítica dos fenômenos, estuda os movimentos num meio resistente, formulando a Hidrodinâmica e, na parte final, apresenta a Mecânica do Sistema Universal.
E toda a “materialidade” da sobrevivência humana estava explicada e, apesar de ciência, dogmatizada ao longo de gerações e séculos. Assim, nascia um paradigma de vida que gerou uma série de subprodutos desse pensamento, que norteou o mundo e os Homens até quase os nossos dias.
Desde a época de Isaac Newton as analogias mecânicas têm se mostrado muito úteis para explicar o comportamento do mundo físico. Os pensadores newtonianos veem o universo como um mecanismo ordenado e previsível, ainda que divino. Seguir-se-ia, portanto, que os seres humanos, tal como o seu Criador, também seriam construídos de forma semelhante.
As primeiras incursões newtonianas no terreno da medicina, como diz Richard GERBER, em “Medicina Vibracional: uma medicina para o futuro”, Editora Cultrix, São Paulo, 1988, foram, filosoficamente, de natureza cirúrgica. Os primeiros cirurgiões atuavam sob a premissa básica de que o corpo humano é um complexo sistema de encanamentos. O cirurgião moderno talvez possa ser visto como um “bioencanador” especializado que sabe como isolar e remover um componente “defeituoso”, e como juntar novamente o sistema de modo que ele possa voltar a funcionar corretamente.
Avanços recentes na farmacologia nos proporcionaram novas maneiras de “consertar” um corpo doente. Ainda num mesmo enfoque filosófico, absolutamente newtoniano, em vez de usar instrumentos cortantes, como na cirurgia, os médicos usam drogas para enviar “balas mágicas” a determinados tecidos do corpo. Diferentes drogas são empregadas para fortalecer ou destruir as células que funcionam de modo aberrante, dependendo da necessidade médica.
A visão newtoniana e mecanicista da vida é apenas uma aproximação da realidade. As abordagens farmacológica e cirúrgica são incompletas porque ignoram as forças vitais que animam a biomaquinaria dos sistemas vivos e insuflam-lhe vida. O princípio fundamental numa máquina é o de que a função do todo pode ser prevista pela soma das partes. Ao contrário das máquinas, porém, os seres humanos são mais do que a soma de um conjunto de substâncias químicas ligadas uma às outras.
Todos os organismos dependem de uma sutil força vital que cria uma sinergia graças a uma singular organização estrutural dos componentes moleculares. Por causa dessa sinergia um organismo vivo é mais do que a soma das suas partes. Quando a força da vida abandona o corpo, por ocasião da morte, o mecanismo físico vai lentamente se decompondo até transformar-se num conjunto desorganizado de substâncias químicas. Esta é uma das coisas que diferencia os sistemas vivos dos não-vivos e as pessoas das máquinas.
Em 1900, o físico alemão Max Planck (1858-1947) revolucionou a Física com a sua teoria dos quanta, afirmando que a energia emitida por qualquer corpo só poderia realizar-se de forma descontínua, através de múltiplos inteiros de uma quantidade mínima por ele denominada de quantum de energia. Era o início da Mecânica Quântica que substituiria a clássica, de Isaac Newton.
Albert Einstein (1879-1955) foi um dos primeiros a reconhecer o revolucionário valor da teoria de Max Planck. Com a sua obra, Albert Einstein deu início à Física moderna, que é relativista, atômica e quântica, quando, em 1905, publicou quatro artigos fundamentais para o seu pensamento: no primeiro, formulou a teoria especial da relatividade; no segundo, apresentou sua famosa equação, demonstrando que a massa é uma forma de energia, evidenciando a equivalência e a intermutabilidade da matéria-energia; no terceiro, analisou a teoria do movimento browniano; e, no quarto, apresentou o conceito de fóton, inaugurando uma nova teoria da luz.
Com essa fantástica produção intelectual, Einstein lançou as primeiras bases para a teoria dos fenômenos atômicos denominada teoria quântica, que seria desenvolvida ao longo das três primeiras décadas do século XX.
A medicina que se pratica, atualmente, baseia-se, ainda, no paradigma newtoniano da realidade. É, essencialmente, uma perspectiva que considera o mundo como um mecanismo complexo. Os médicos vêem o corpo como uma espécie de grandiosa máquina controlada pelo cérebro e pelo sistema nervoso: o supremo computador biológico.
Contudo, desde que se consegue entender a matéria como uma manifestação da energia, nasce o Paradigma Einsteiniano, e com ele a Medicina Vibracional, em que os médicos se preocupam, principalmente, com a energia existente no ser humano e em todas as formas de vida. Assim, aquela energia vital inerente às não-máquinas assume, finalmente, o seu papel, e com ela a representação do componente espiritual, e conseqüentemente de Deus, figura criadora e não criada.
Desta maneira, nasce um novo gênero de médico/terapeuta que procura entender o funcionamento dos seres humanos a partir deste novo paradigma, em que a matéria é uma forma de energia. Essa nova visão einsteiniana proporcionará não apenas uma perspectiva única a respeito das causas das doenças como também métodos mais eficazes de curar as enfermidades que afligem os seres humanos.
Em vez de recorrer, apenas, aos tratamentos cirúrgicos ou farmacológicos convencionais, a Medicina Vibracional procura tratar as pessoas em sua origem com energia pura. Esta perspectiva teórica baseia-se na compreensão de que o arranjo molecular do corpo físico é, na verdade, uma complexa rede de campos de energia entrelaçados.
A rede energética, que representa a estrutura física/celular, é organizada e sustentada pelos sistemas energéticos sutis, os quais coordenam o relacionamento entre a força vital e o corpo. Há uma hierarquia de sistemas energéticos sutis que comanda tanto as funções eletrofisiológica e hormonal como a estrutura celular do corpo físico.
É basicamente a partir desses níveis de energia sutil que se originam a saúde e a doença. Esses sistemas de energia são intensamente afetados pelas nossas emoções e pelo equilíbrio espiritual, além dos fatores ambientais e nutricionais. Essas energias sutis atuam nos padrões de crescimento celular tanto positiva quanto negativamente.
O componente espiritual introduzido ao conhecimento do ser humano redesenhou a sua arquitetura anátomo-fisiológica sutil, em que o homem passou a ser composto de matéria e espírito; a matéria de corpo e mente, e a mente de emocional e racional. Com esta visão – já antevista há milênios por Hipócrates – o ser humano simboliza um todo, único e indivisível, materializado através de um corpo físico formado por células que se agrupam, predestinadamente, em tecidos, e esses em órgãos, componentes dos aparelhos e sistemas. E nessa orquestra, o condutor é a energia vital.
A partir deste novo paradigma, o Paradigma Holístico da Medicina Vibracional, oriundo do próprio Paradigma Einsteiniano, a ideia de saúde e de doença se modificam ao entendermos que não é o corpo físico que adoece na realidade, e sim o nosso interno, ou a nossa essência, em desequilíbrio energético, desequilíbrio este que, materializado no corpo físico, denomina-se doença. É através desta doença física que tomamos conhecimento que o nosso interno “precisa” de ajuda. Se não fosse a doença, talvez não soubéssemos.
Edward Bach (1886-1936), o grande médico inglês criador dos Florais como uma forma de medicação energética, no mesmo patamar de visão da homeopatia de Samuel Hahnemann (1755-1843), legou à humanidade não apenas a sua terapêutica mas, também, o embasamento espiritualista do seu pensamento, que dá forma aos princípios filosóficos da Medicina Vibracional. Para ele, a razão principal do fracasso da medicina que se pratica ainda hoje está no fato de ela se ocupar dos efeitos e não das causas, em sendo a real natureza da doença encoberta pela capa de materialismo. Conseqüentemente, a doença nunca será curada nem erradicada pelos métodos materialistas pelo simples fato de que, em suas origens, ela não é material. E o novo paradigma, não-newtoniano, toma forma e conteúdo tentando organizar o “novo” ser humano, muito maior em seu todo e muito mais importante em sua participação cósmica, feito a Sua imagem e semelhança.
A Medicina Vibracional, ao nosso ver e pelos aspectos acima expostos, torna-se o novo paradigma holístico da medicina no século que se inicia, em que o “arsenal terapêutico” se mostra dimensionado em uma grandeza que abrange não só moléculas mas, fundamentalmente, energia. Nela, chakras (centros de força através dos quais recebemos, transmitimos e processamos energia) e meridianos (canais invisíveis por onde flui a energia ou força vital, que impulsionam todas as células do corpo) passam a representar os seus papéis verdadeiros na anatomia sutil, descrita há milênios por chineses e indianos.
Um dos documentos mais interessantes que marcam este novo padrão ou paradigma na medicina é um livro editado em 1983, citado por Richard GERBER chamado “Flower essences and vibrational healing” (“Essências florais e cura vibracional”) de Gurudas, psicografado mediunicamente por Kevin Ryerson, um notável médium na área das informações técnicas de natureza psíquica, em 1980 na cidade de São Francisco, EUA. Nele, o autor descreve a “farmacocinética” de essências florais, medicamentos homeopáticos e elixires de pedras preciosas através dos sistemas anatômicos clássicos e pelos chakras/meridianos, mostrando “farmacologicamente” o seu caminho terapêutico, em que os padrões energéticos das essências florais dão origem a interações terapêuticas entre o corpo físico e o corpo etéreo e os veículos de frequências superiores.
Com a fantástica descrição de Guruda aprende-se que quando ingeridas as essências, ou usadas como unguento, percorrem um caminho específico através dos corpos físico e sutil. Inicialmente, elas passam pela corrente sanguínea. Em seguida, o medicamento deposita-se a meio caminho entre os sistemas nervoso e circulatório. Neste ponto, a polaridade entre os dois sistemas gera uma corrente eletromagnética. Existe na verdade uma estreita ligação entre esses dois sistemas e a força vital e a consciência, ligação esta que a atual ciência ainda não compreende. A força vital atua mais através do sangue, enquanto a consciência atua através do cérebro e do sistema nervoso. Esses dois sistemas apresentam, na descrição de Guruda, propriedades quartziformes e uma corrente eletromagnética. As células do sangue, especialmente os leucócitos e as hemácias, apresentam propriedades quartziformes mais destacadas, enquanto o sistema nervoso apresenta uma corrente magnética mais intensa. A força vital e a consciência utilizam estas propriedades para penetrar no corpo físico e estimulá-lo.
A partir da metade do caminho entre os sistemas nervoso e circulatório, o medicamento desloca-se diretamente para os meridianos. Saindo dos meridianos, a força vital penetra nos diversos corpos sutis e chakras, ou retorna diretamente para o corpo físico, em nível celular, através de vários portais situados a meio caminho entre os sistemas nervoso e circulatório. Seu percurso é determinado pelo tipo de medicamento e pelo temperamento da pessoa.
Determinadas partes do corpo físico atuam como portais para as forças vitais de um medicamento vibracional apenas porque estão associados a diferentes chakras ou meridianos. Depois de atravessar um dos portais, a força vital passa a meio caminho entre os sistemas nervoso e circulatório, antes de atingir o nível celular e as áreas desequilibradas do corpo físico. Embora todo esse processo aconteça de forma instantânea, Guruda nos lembra que geralmente leva algum tempo para que se possa sentir os resultados.
A partir do momento em que a doença passa a representar um adoecimento do seu Eu interno, por que determinada pessoa tem uma insuficiência pulmonar e outra apresenta um distúrbio gástrico? Se as doenças representam, tão somente, uma sintomatologia desse desequilíbrio interno, o direcionamento físico dos sintomas tem a sua significação não apenas simbólica, mas indicativa das origens do próprio adoecimento do Eu interno.
Ao se imaginar o corpo humano como a materialização de nosso espírito, este corpo terá uma sintonia íntima com o espírito que o acompanha. Desta maneira, cada segmento anatômico representará uma figura em espelho do seu interno, que reagirá diferentemente, cada segmento à sua maneira, em face de cada razão de adoecimento. Nasce, assim, mais um instrumental do novo Paradigma Holístico da Medicina Vibracional, a leitura corporal.
Dos exemplos acima, a insuficiência pulmonar direciona a visão para um indivíduo com dificuldades de inter-relacionamento, visto que o pulmão e o seu componente principal, o ar, é a maneira mais simples de o indivíduo compartilhar a sua vida com os seus semelhantes. Diz-se que o ar é o mais democrático dos componentes da vida, pois o ar que expiramos será compartilhado com o inspirado pelos outros, e assim por diante, criando entre os seres uma interdependência pelo ar inspirado/expirado. Esta interdependência simboliza o inter-relacionamento que mantemos com as pessoas e com a própria vida. As dificuldades deste relacionamento se manifestam, diretivamente, para as dificuldades respiratórias; ou seja, o mecanismo de inspirar/expirar o ar não desejoso de ser compartilhado.
A leitura corporal é um outro ângulo de visão do novo homem, em seu todo, que colabora na criação de um novo modelo de medicina holística, em decorrência do modelo einsteiniano. O Paradigma Holístico da Medicina Vibracional começa a ser construído com bases sólidas e inteligentes visando a melhoria do ser humano em seu contexto de bem estar físico, psíquico, social e espiritual. Isto não implica no abandono dos progressos da medicina física por excelência, visto que, ao ser lesado, o corpo físico necessita ser reconstruído para que, reconhecida as causas internas e reequilibradas, a lesão não mais se repita.
No Paradigma Holístico da Medicina Vibracional focaliza-se o indivíduo, conseqüentemente o paciente, como um todo a ser tratado, tanto de seu corpo físico quanto de sua estrutura espiritual, anímica, na busca pelo equilíbrio e integração plena no Cosmos. Assim, poder-se-á ajudar a espécie humana a desempenhar da melhor maneira possível a sua experiência reencarnatória – que ele desejou e necessitava - e poder evoluir a tal ponto que um dia – quem sabe? – não mais necessitará de corpo físico, muito menos de medicina.
Autor: Osiris Costeira
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