AS ORIGENS
CAOS:
Caos (do grego Χάος, transliteração Khaos, gênero neutro/Chaos) é, segundo Hesíodo, a primeira divindade a surgir no universo, portanto a mais velha das deusas [1]. A natureza divina de Caos é de difícil entendimento, devido às mudanças que a ideia de "caos" sofreu com o passar da épocas.
Inicialmente descrita como o ar que preenchia o espaço entre o éter e a Terra, mais tarde passou a ser vista como a mistura primordial dos elementos [2]. Seu nome deriva do verbo grego χαίνω, que significa "separar, ser amplo", significando o espaço vazio primordial.
O poeta romano Ovídio foi o primeiro a atribuir a noção de desordem e confusão à divindade Caos [3]. Todavia, Caos seria, para os gregos, o contrário de Eros. Tanto Caos como Eros são forças geradoras do universo. Caos parece ser uma forma mais primitiva, enquanto Eros uma força mais aprimorada.
Caos significa algo como "corte", "rachadura", "cisão" ou ainda "separação", já Eros é o princípio que produz a vida por meio da união dos elementos (masculino e feminino).
Filhos
Os filhos de Caos nasceram de cisões, assim como se reproduzem os seres unicelulares. Nix (Noite) e Érebo (Escuridão) [4] nasceram a partir de "pedaços" de Caos. E do mesmo modo, os filhos de Nix nasceram de "pedaços" seus, como afirma Hesíodo: sem a união sexual. Portanto, a família de Caos se origina de forma assexuada.
Se Caos gera através da separação e distinção dos elementos e Eros através da união ou fusão destes, parece mais lógico que a idéia de confusão e de indistinção elemental pertença a Eros. Eros age de tal modo sobre os elementos do Mundo que poderia fundí-los numa confusão inexorável. Assim, seu irmão Anteros equilibra sua força unificadora através da repulsa do elementos.
Caos é, então, uma força antiga e obscura que manifesta a vida por meio da cisão do elementos. Caos parece ser um deus andrógino, trazendo em si tanto o masculino como o feminino. Esta é uma característica comum a todos os deuses primogênitos de várias mitologias.
É frequente, devido à divulgação das idéias de Ovídio, considerar Caos como uma força sem forma ou aparência, isso não é de todo uma inverdade. Na pré-história grega, tanto Caos como Eros eram representados como forças sem forma, Eros era representado por uma pedra.
Outra problemática é considerar Caos como a mãe de Gaia, Tártaro e Eros, quando é somente genitora de Nix e Érebos. Na verdade ela seria "irmã" de Gaia, Tártaro e Eros.
Segundo o poeta romano Higino, Caos seria masculino e possuiria uma contraparte feminina chamada Calígena "a Névoa (primordial)".
Referências:
1.Hesíodo, Teogonia, 116
2.Theoi Greek Mythology
3.Ovídio, Metamorfoses
4.Commelin, P - Mitologia Grega e Romana, 18
1.Hesíodo, Teogonia, 116
2.Theoi Greek Mythology
3.Ovídio, Metamorfoses
4.Commelin, P - Mitologia Grega e Romana, 18
A NOITE (NIX)
A deusa grega Nyx era a personificação da noite, Deusa das Trevas, filha de Caos. Uma das melhores fontes de informação sobre aquela deusa provém da Teogonia de Hesíodo. Muitas referências são feitas a Nyx naquele poema que descreve o nascimento dos deuses e deusas gregos. A explicação é simples. A Noite desempenhou um papel importante no mito como um dos primeiros seres a vir à existência.
Hesíodo afirma que a Noite era irmã do Caos, o que a torna uma das primeiras criaturas a emergir do vazio. Isso significa que Nyx era irmã de algumas das mais antigas divindades da mitologia grega, incluindo Erébo (a Escuridão), Gaia (a mãe Terra), Tártaro (Trevas Abismais) e Eros (o amor da criação). Dessas forças primordiais sobreveio o resto dos deuses e deusas gregas.
Nyx deu origem a um número de crias. Algumas dessas crianças da Noite eram Éris (a Discórdia ou Altercação), as moiras (Cloto, Lachesis e Atropos), Nêmesis, a ética, as queres, a miséria, os sonhos e os irmão gêmeos Hypnos (Deus do sono) e Thanatos (Deus da morte). Conquanto esses seres nasceram de deusas isoladas, sem um pai, Nyx também teve filhos do deus Erebus. Dele, a divindade deu à luz Éter, o ar e Hemera, o Dia.
Nyx é uma deusa primordial, nascida do Caos, sendo segunda mais velha filha deste. Nyx foi a segunda criatura a emergir do vazio. Personificava a noite como divindade feminina.
Na tradição Órfica, todo universo e demais Deuses primais nasceram do Ovo Cósmico de Nyx.
Nyx, cuja raiz é o indo-europeu - Trevas superficiais ou A Noite - habita o extremo Ocidente, além do país dos Cimérios, enquanto Érebo personifica as trevas subterrâneas e superiores ao manto da Escuridão eterna, superiores supremas.
Nyx percorre o céu coberta por um manto negro, sobre um carro puxado por quatro cavalos negros e sempre acompanhada das Queres. Certos poetas a consideram como mãe de Urano e de Gaia; Hesíodo dá-lhe um lugar entre os filhos do Caos com o posto de Mãe dos Deuses, porque sempre se acreditou que Nyx e Erebo haviam precedido a todas as coisas. Nyx é a patrona das feiticeiras e bruxas que acreditavam que ela dava fertilidade a terra para brotar ervas encantadas; é a Deusa dos segredos e mistérios noturnos, rainha dos astros da noite. Homero se refere a Nyx com o epíteto "A domadora dos Homens e dos Deuses", demonstrando como os outros Deuses respeitavam e temiam esta poderosíssima deidade.
Nyx, assim como Hades, possuía um capuz que a tornava invisível a todos, assistindo, assim, ao universo sem ser notada. Foi Nyx que colocou Helios entre seus filhos (Hemera, Eter e Hespérides), quando os outros Titãs tentaram assassinar Helios. Zeus tem um enorme respeito e temível pavor da Deusa da Noite, Nix. Os filhos de Nyx são a Hierarquia em poder para os Deuses, sua maioria são divindades que habitam o mundo subterrâneo e representam forças indomáveis e que nenhum outro Deus poderia conter. Em uma versão, as Erínias seriam filhas de Nyx (Ésquilo). Também se acreditava que Nix tinha total controle sobre vida e morte, tanto de homens como de Deuses.
Nyx aparece, ora como uma deusa benéfica, que simboliza a beleza da noite (semelhante a Leto), e ora como cruel deidade Tartárea, que profere maldições e castiga com terror noturno (Hecate e Astéria). Nyx é também uma Deusa da Morte, a primeira rainha do mundo das Trevas e também tinha dons proféticos; foi ela quem criou a arma que Gaia entregou a Crono para destronar Urano. Nyx conhecia o segredo da imortalidade dos Deuses, podendo tirá-la e transformar um Deus em mortal, como ela fez com Crono, após este ser destronado por Zeus.
Desposou Érebo, seu irmão, de quem teve o Éter (luz celestial) e Hemera (Dia). Mas sozinha, sem se unir a nenhuma outra divindade, procriara o inevitável e inflexível Moros (as Sortes), Kera (destina o tipo de morte, o destino do homem em seus momentos finais), a Tânatos (Morte), Hypnos (o Sono), Oniro (a legião dos Sonhos), Momo (escárnio), Oizos (miséria), as Hespérides (Tarde), guardadoras dos pomos de ouro, as desapiedadas Moiras (Deusas do destino), a divina Nêmesis (Deusa da retribuição), Apate (engano,fraude), Filotes (amizade), Geras (velhice), Éris (Discórdia), Limos (a fome), Ftono (inveja), Ênio (Belona, deusa da carnificina), Lissa (a loucura) e Caronte, o barqueiro do rio Aqueronte, do mundo dos mortos, que transporta as almas dos mortos entre o mundo dos vivos para o mundo dos mortos, na fronteira dos dois mundos. O Rio Aqueronte na verdade era o Deus Erebo, que foi precipitado por Nix em rio sinistro de Hades, como forma de castigo, por Erebo ter apoiado os Titãs contra os Olimpos. Em resumo, tudo quanto havia de doloroso na vida passava por ser obra de Nix. A maior parte dos outros descendentes de Nix nada mais são que conceitos e abstrações personificados; sua importância nos mitos é muito variável.
Algumas vezes, a exemplo de Hades, cujo nome evitava-se de pronunciar, dão a Nix nomes gregos de Eufrone e Eulalia, isto é, Mãe do bom conselho. Há quem marque o seu império ao norte do Ponto-Euxino, no país dos Cimérios, mas a situação geralmente aceita é na parte da Espanha, a Esméria, na região do poente, perto das colunas de Hércules, limites do mundo conhecido dos antigos. Quase todos os povos da Itália viam Nyx ora com um manto volante, recamado de estrelas, por cima de sua cabeça, ou com um outro manto azul e archote derrubado, ora representada por uma mulher nua, com longas asas de morcego e um fanal na mão. Representam-na, também, coroada de papoulas e envolta num grande manto negro, estrelado. Às vezes num carro arrastado por cavalos pretos ou por dois mochos, e a deusa cobre a cabeça com um vasto véu semeado de estrelas e com uma lua minguante na testa ou como brincos.
Na mitologia grega a papoula era relacionada a Hipnos, o deus do sono, pai de Morpheu e filho de Nyx (que a tinha como planta favorita e, por isso, era representado com os frutos desta planta na mão).
Muito freqüentemente colocam-na no mundo subterrâneo, entre o Hypnos e Tânatos, seus dois filhos. Algumas vezes um menino precede-a, empunhando uma tocha, símbolo do crepúsculo. Os romanos não a punham em carro, e representavam-na ociosa e sempre adormecida. É muito rica em todas as potencialidades de existência, mas entrar em Nix é regressar ao indeterminado, onde se misturam pesadelos, íncubos [1], súcubos [2] e monstros. Símbolo do inconsciente, é no Hypnos de Nix que aquele se libera.
Hemera e as Hespérides nasceram para ajudar Nix a não se cansar, assim nasceu o ciclo diário: Hemera traz o dia (relaciona com Eos, que traz a aurora e Helios, o Sol); as Hespérides trazem a tarde, (relaciona com Selene, do luar) e Nyx traz a absoluta Noite. Todas estas deidades, em conjunto, conduzem à dança das Horas; complementando estes ciclos temos outros Deuses de outras linhagens, como as Horas que representam ciclos mensais e anuais; Leto e Hécate que recebem o legado de Nyx como deidade da noite. As moiras, filhas de Nix (Cloto, Laquesis e Atropo); são outra continuidade dos poderes gigantescos de Nix do negro véu...
Nix e o mundo de Sandman:
Nos livros de Neil Gaiman referentes ao personagem Sandman (ou Morfeus), aparecem inúmeras referências aos filhos da noite como sendo perpétuos. Os perpétuos são: Sonho (Sandman), Desejo, Destino, Desespero, Delirium, Morte e Destruição. Os perpétuos seriam, inclusive, superiores aos deuses e passaram a existir antes deles. Tal referência pode ser tomada da mitologia greco-romana de que a noite foi um dos primeiros seres a existir (sendo filha do Caos e Érebo, segundo algumas versões, ou o primeiro ser, que deu à luz Fanes). Alguns dos perpétuos são claramente referências aos filhos da noite, como o Destino, Sonho, Desespero e a Morte. Porém, a outros fazem referências mais sutis, como Delirum (sendo uma personagem referente a Momo) e Desejo (sendo muito ligado à Discórdia).
Referências:
[1] e [2] - incubus e sucubus (incubare e sucubare) - demônios masculinos e femininos que vêm copular com mulheres e homens durante o sono.
Fonte: http://www.corpos.org/
Segundo a Teogonia, Érebo ou Erebus era a personificação da escuridão, precisamente o criador das Trevas. Tinha seus domínios demarcados por seus mantos escuros e sem vida, predominando sobre as regiões do espaço conhecidas como “Vácuo”, logo acima dos mantos noturnos de sua irmã Nix, a personificação da noite.
Sendo um dos filhos de Caos, Erebus, juntamente de sua irmã gêmea Nix, nasceu de cisões, assim como se reproduzem os seres unicelulares; a partir de "pedaços" de Caos, Erebus e Nix passam a ser os mais velhos imortais do universo, logo após de Caos.
Erebus desposou Nix, gerando mais duas divindades “primordias”; o Éther (conhecido como a Luz celestial) e Hemera (o Dia).
Erebus foi conhecido por ser um dos maiores inimigos de Zeus. Conta-se que os Titãs pediram socorro a Erebus e pessoalmente o primórdio havia descido até o Tártaro para libertar os filhos de Gaia. Porém, foi surpreendido por Zeus e Hades, que tiveram a ajuda de Nix para lançar Erebus nas profundezas do rio Aqueronte, a fronteira dos dois mundos.
Na medida em que o pensamento mítico dos gregos se desenvolveu, Erebus deu seu nome a uma região do Hades, por onde os mortos tinham de passar, imediatamente depois da morte, para entrar no Hades. Após Caronte tê-los feito atravessar o rio Aqueronte, entravam no Tártaro, o submundo propriamente dito.
Érebo era também, freqüentemente, usado como sinônimo de Hades.
Eros e Anteros
Foi pela intervenção de um poder divino, eterno como os elementos do próprio Caos, pela intervenção manifesta de um deus que, sem ser propriamente o amor, tem, entretanto, alguma conformidade com ele, que o Caos, a Noite, o Érebo puderam unir-se para a procriação.
Em grego, esse deus antigo, ou melhor, anterior à toda antiguidade, chama-se Eros. É ele que inspira ou produz esta invisível simpatia entre os seres, para os unir em outras procriações. O poder de Eros vai além da natureza viva e animada: ele aproxima, une, mistura, multiplica, varia as espécies de animais, de vegetais, de minerais, de líquidos, de fluídos, em uma palavra, de toda a criação. Eros é, pois, o deus da união, da afinidade universal; nenhum outro ser pode furtar-se à sua influência ou à sua força: Eros é invencível.
Entretanto, tem como adversário, no mundo divino, Anteros, isto é, a antipatia, a aversão. Esta divindade tem todos os atributos opostos aos do deus Eros: separa, desune, desagrega. Tão salutar, tão forte e poderoso, talvez, como Eros, Anteros impede que se confundam os seres da natureza dissemelhante; se algumas vezes semeia em torno de si a discórdia e o ódio, se prejudica a afinidade dos elementos, ao menos a hostilidade que entre eles cria contém, cada um, nos limites marcados, e destarte, a natureza não pode cair novamente no caos.
Moros era o deus das sortes e dos destinos, filho de Nix e do Caos. É conhecido como Destino. Representado como uma entidade cega, O Destino seria filho do Caos e de Nix, a Noite. Sem ver a quem reservava no futuro, seu caráter era o da inevitabilidade. Todos, deuses e mortais, e tudo, estava a ele subordinado. Imaginavam-no como tendo aos pés a Terra e nas mãos as estrelas e um cetro, a demonstrar sua superioridade. Noutras alegorias, era uma roda, presa por uma corrente sob uma rocha, e com duas cornucópias - ilustrando sua inflexibilidade e sorte.
Representando a própria fatalidade, o Destino ditava os acontecimentos, e até mesmo Zeus não o poderia evitar. Suas leis encontravam-se escritas num livro, cujo acesso era possível, e mesmo assim de forma obscura, pelos oráculos.
O Destino é uma divindade cega, inexorável, nascida da Noite e do Caos. Todas as outras divindades estavam submetidas ao seu poder. Os céus, a terra, o mar e os infernos faziam parte do seu império: o que resolvia era irrevogável; em resumo, o Destino era, por si mesmo, essa fatalidade, segundo a qual tudo acontecia no mundo. Júpiter, o mais poderoso dos deuses, não pôde aplacar o Destino, nem a favor dos outros deuses, nem a favor dos homens.
As leis do Destino eram escritas desde o princípio da criação em um lugar onde os deuses podiam consultá-las. Os seus ministros eram as três Parcas encarregadas de executar as ordens. Representam-no tendo sob os pés o globo terrestre, e agarrando nas estrelas, e um cetro, símbolo do seu poder soberano. Para mostrar que era inflexível, os antigos o representavam por uma roda que prende uma cadeia. No alto da roda uma grande pedra, e embaixo duas cornucópias com pontas de azagaia.
Conta Homero que o Destino de Aquiles e de Heitor é pesado na balança de Júpiter, e como a sorte do último o arrebata, sua morte é decretada, e Apolo retira o apoio que lhe dispensara até então. São as leis cegas do Destino que tornaram culpados a tantos mortais, apesar dos seus desejos de permanecerem virtuosos: em Ésquilo, por exemplo, Agamemnom, Clitemnestre, Jocasta, Édipo, Eteoclo, Polínice, etc., não podem fugir à sua sorte.
Só os oráculos podiam entrever e revelar o que estava escrito no livro do Destino.
Gaia, Géia ou Gê era a deusa da Terra, como elemento primordial e latente de uma potencialidade geradora quase absurda. Segundo Hesíodo, ela é a segunda divindade primordial, nascendo após Caos.
A Terra, mãe universal de todos os seres, nasceu imediatamente depois do Caos. Desposou Urano ou o Céu, foi a mãe dos deuses e dos gigantes, dos bens e dos males, das virtudes e dos vícios.
Fazem-na unir-se com o Tártaro e Ponto, ou o mar, de cujas uniões surgem os monstros que encerram todos os elementos. A Terra, às vezes tomada pela Natureza, tinha vários nomes: Titéia, Ops, Telus, Vesta e mesmo Cibele.
Dizia-se que o homem nascera da terra embebida d'água e aquecida pelos raios do Sol; assim, a sua natureza participa de todos os elementos, e quando morre, sua mãe venerável o recolhe e o guarda no seu seio.
Na Mitologia, muitas vezes, é considerado entre os filhos da Terra; geralmente, quando não se sabia a origem, quer de um homem, quer de um povo célebre, dava-se-lhe o nome de filho da Terra.
Algumas vezes a Terra é representada pela figura de uma mulher sentada num rochedo; as alegorias modernas descrevem-na sob os traços de uma venerável matrona, sentada sobre um globo, coroada de torres, empunhando uma cornucópia cheia de frutos. Outras vezes aparece coroada de flores, tendo a seu lado o boi que lavra a terra, o carneiro que se ceva e o mesmo leão que está aos pés de Cibele.
Em um quadro de Lebrun, a Terra é personificada por uma mulher que faz jorrar o leite dos seus seios, enquanto se desembaraça do seu manto, e do manto surge uma nuvem de pássaros que revoa nos ares. Tal como Caos, Gaia parece possuir uma natureza forte, pois gera, sozinha, Urano, Pontos e as Montanhas. Hesíodo sugere que ela tenha gerado Urano com o desejo de se unir a alguém semelhante a si mesma em natureza. Isso porque Gaia personifica a base onde se sustentam todas as coisas, e Urano é, então, o abrigo dos deuses "bem-aventurados".
Com Urano, Gaia gerou os 12 Titãs, após, os Ciclopes e os Hecatônquiros (Gigantes de Cem Mãos). Sendo Urano capaz de prever o futuro, temeu o poder de filhos tão grandes e poderosos e os encerrou novamente no útero de Gaia. Ela, que gemia com dores atrozes sem poder parir, chamou seus filhos Titãs e pediu auxílio para libertar os irmãos e se vingar do pai. Somente Cronos aceitou. Gaia então tirou do peito o aço e fez a foice dentada. Colocou-a na mão de Cronos e os escondeu, para que, quando viesse Urano, durante a noite, não percebesse sua presença. Ao descer Urano para se unir mais uma vez com a esposa, foi surpreendido por Cronos, que o atacou e castrou, separando, assim, o Céu e a Terra. Cronos lançou os testículos de Urano ao mar, mas algumas gotas caíram sobre a terra, fecundando-a. Do sangue de Urano derramado sobre Gaia nasceram os Gigantes, as Eríneas e as Melíades.
Após a queda de Urano, Cronos subiu ao trono do mundo e libertou os irmãos. Mas vendo o quanto eram poderosos, também os temia e os aprisionou mais uma vez. Gaia, revoltada com o ato de tirania e intolerância do filho, tramou uma nova vingança.
Quando Cronos se casou com Réia e passou a reger todo o universo, Urano lhe anunciou que um de seus filhos o destronaria. Ele, então, passou a devorar cada recém nascido por conselhos do pai. Mas Gaia ajudou Réia a salvar o filho que viria a ser Zeus. Réia então, em vez de entregar seu filho para Cronos devorar, entregou-lhe uma pedra, e escondeu seu filho em uma caverna.
Telus
Telus, deusa da terra, muitas vezes tomada pela própria Terra, é chamada pelos poetas a Mãe dos Deuses. Ela representa o solo fértil e também o fundamento sobre que repousam os elementos que se geram entre si.
Diziam-na mulher do Sol ou do Céu, porque tanto a um como ao outro deve a sua fertilidade. Era representada como uma mulher corpulenta, com uma grande quantidade de peitos.
Frequentemente se confundem Telus e Terra com Cibele. Antes de estar Apolo de posse do oráculo de Delfos, era Telus que o possuía e que o divulgava; mas em tudo estava em meias com Netuno. Depois, Telus cedeu os seus direitos a Temis, e Temis a Apolo.
Urano (coelo)
Urano ou Coelo, o Céu, era filho do Éter e do Dia. Segundo Hesíodo, era filho do Éter e da Terra. De qualquer maneira, desposou Titéia, isto é, a Terra ou Vesta, que, neste caso, é distinta de Vesta, deusa do fogo e da virgindade. Diz-se que Urano teve quarenta e cinco filhos de várias mulheres, sendo que, destes, dezoito eram de Titéia; os principais foram Titã, Saturno e Oceano, que se revoltaram contra seu pai e o impossibilitaram de ter filhos. Cheio de mágoa e em conseqüência da mutilação de que fora vítima, Urano morreu.
O que caracteriza as divindades das primeiras idades mitológicas é um brutal egoísmo junto a uma desapiedada crueldade. Urano tomara aversão a todos os seus filhos: desde que nasciam, encerrava-os em um abismo e não os deixava ver o dia. Foi isto que motivou a revolta. Saturno, sucessor de Urano, foi tão cruel como o pai. Diz a lenda que o deus Urano, ou Coelo, primeiro rei do Universo, personificava o céu. Para Hesíodo, poeta grego que viveu provavelmente no século 7 antes de Cristo, ele era, ao mesmo tempo, filho e marido de Geia, deusa nascida imediatamente depois do Caos original e também conhecida como Titéia, Ops, Telos, Vesta e Cibele. Em seu livro Teogonia, que trata da genealogia e filiação dos deuses, diz Hesíodo que, dessa união, nasceram vários deuses e semideuses, cerca de quarenta e cinco, segundo alguns autores. Entre eles Oceano, Jápeto, Têmis, Cronos, os Titãs, os Ciclopes e os hecatônquiros, os de “cem mãos”, três gigantes chamados Briareu, Coto e Giges, possuidores de cem braços e cinqüenta cabeças, cada um, aos quais os romanos davam o nome de Centimanos. Preocupado com tamanha fecundidade, Urano passou a enterrar os filhos recém-nascidos no corpo de Geia, e esta, inconformada, lhes pediu que a vingassem por isso, mas somente Cronos a atendeu. Orientado pela mãe, ele um dia surpreendeu o pai e o castrou, no momento em que se unia à esposa, e das gotas de sangue que caíram sobre ela nasceram as Erínias e os Gigantes. Diz a lenda que os testículos decepados de Urano flutuaram no mar e formaram uma espuma branca da qual nasceu Afrodite (Venus), a deusa do amor. Depois disso, Urano continuou a deitar-se sobre a terra todas as noites, mas como não podia mais fecundá-la, encheu-se de mágoa em conseqüência da mutilação de que fora vítima e acabou morrendo, sendo sucedido por Cronos no governo do mundo. Com o ato que praticara, Cronos separara o céu da Terra e permitira, com isso, que o mundo adquirisse uma forma ordenada.
Fonte: Commelin, P - Mitologia Grega e Romana
http://www.fernandodannemann.recantodasletras.com.br/
Titéia
Titéia, a antiga Vesta, mulher de Urano, foi a mãe dos Titãs, nome que significa filhos de Titéia ou da Terra.
Além de Titã propriamente dito, de Saturno e Oceano, ela teve Hipérion, Japeto, Tia, Réia ou Cibele, Temis, Mnemosine, Febe, Tétis, Brontes, Steropes, Argeu, Coto, Briareu, Giges. Com Tártaro teve o gigante Tifon, que se distinguiu na guerra contra os Deuses
Saturno (Cronos)
Filho segundo de Urano e da antiga Vesta, ou do Céu e da Terra, Saturno, depois de haver destronado o pai, obteve de seu irmão primogênito Titã, o favor de reinar em seu lugar. Mas Titã impôs uma condição - a de Saturno fazer morrer toda a sua posterioridade masculina, a fim de que a sucessão ao trono fosse reservada aos seus filhos.
Saturno desposou Réia, de quem teve muitos filhos, que devorou avidamente, conforme combinara com seu irmão. Além disso, sabendo que um dia, ele próprio seria derrubado do trono por um dos seus filhos, exigia que sua esposa lhe entregasse os recém-nascidos.
Entretanto Réia conseguiu salvar a Júpiter, que quando grande, declarou guerra a seu pai, venceu-o, e depois de o haver tratado como o fora Urano por seus filhos, pô-lo fora do céu. Assim, a dinastia de Saturno continuou em prejuízo da de Titã.
Saturno teve três filhos de Réia, que conseguiu salvá-los: Júpiter (Zeus), Netuno e Plutão, e uma filha, Juno, irmã gêmea e esposa de Júpiter. Alguns autores, ao número das filhas de Saturno e Réia, acrescentam Vesta, deusa do fogo, e Ceres, deusa das searas. De resto, Saturno teve, com muitas outras mulheres, um grande número de filhos, como, por exemplo, o centauro Chiron, filho da ninfa Filira, etc.
Conta-se que Saturno, destronado por seu filho Júpiter, reduzido à condição de simples mortal, foi refugiar-se na Itália, no Lácio, onde reuniu os homens ferozes, esparsos nas montanhas, e lhes deu leis. O seu reinado foi a idade do ouro, sendo os seus pacíficos súditos governados com doçura. Foi restabelecida a igualdade das condições; nenhum homem servia a outro como criado; ninguém possuía coisa alguma exclusivamente para si; tudo era bem comum, como se todo mundo tivesse tido a mesma herança. Para lembrar esses tempos felizes, celebravam-se em Roma as Saturnais.
Essas festas, cuja instituição remontava no passado muito além da fundação da cidade, consistiam, sobretudo, em representar a igualdade que primitivamente reinava entre os homens. Começavam as Saturnais no dia 16 de dezembro de cada ano; ao princípio, só duravam um dia, mas ordenou o Imperador Augusto que durariam três; Calígula aumentou-lhes vinte e quatro horas. Durante estas festas se suspendia o poder dos senhores sobre os escravos, e estes tinham inteiramente livres a palavra e as ações. Então, tudo era prazer, tudo era alegria; nos tribunais e nas escolas havia férias; era proibido empreender uma guerra, executar um criminoso ou exercer outra arte além da culinária; trocavam-se presentes e davam-se suntuosos banquetes. De mais a mais, todos os habitantes da cidade paravam as suas tarefas; toda a população se dirigia ao monte Aventino para respirar o ar do campo. Os escravos podiam criticar os defeitos dos seus senhores, fazer-lhes partidas, e nesses dias eram os senhores que serviam os escravos, à mesa.
Em grego, Saturno é designado pelo nome de Cronos, que quer dizer o Tempo. A alegoria é transparente nesta fábula de Saturno; este deus que devora os filhos é, diz Cícero, o Tempo, o Tempo que não se sacia dos anos e que consome todos aqueles que passam. A fim de o conter, Júpiter o acorrentou, isto é, submeteu-o ao curso dos astros que são como laços que o prendem.
Os cartagineses ofereciam a Saturno sacrifícios humanos; as vítimas eram crianças recém-nascidas. Nesses sacrifícios, as flautas, os tímpanos, os tambores faziam um ruído tão grande que não se ouviam os gritos da criança imolada.
Em Roma, o templo elevado a esse deus no pendor do Capitólio, foi o depósito do tesouro público, em lembrança de que no tempo de Saturno, na idade do ouro, não se cometiam furtos. A sua estátua estava amarrada com cadeias que só se tiravam em dezembro, durante as Saturnais.
Saturno era geralmente representado como um velho curvado ao peso dos anos, erguendo na mão uma foice para mostrar que preside ao tempo. Em muitos monumentos apresentam-no com um véu, sem dúvida porque os tempos são obscuros e cobertos de um segredo impenetrável.
Com um globo na cabeça é o planeta Saturno. Numa gravura, talvez etrusca, é representado com asas e a foice pousada sobre um globo; é assim que representamos sempre o Tempo.
O dia de Saturno é o sábado (Saturni dies), (em francês, samedi, em inglês, saturday).
Reia (português europeu) ou Réia (português brasileiro), na mitologia grega, era uma titã, filha de Urano e de Gaia. Na mitologia romana é identificada com Cibele, uma das manifestações da Deusa mãe, Magna Mater.
Irmã e esposa de Cronos, gerou Deméter, Hades, Hera, Hestia, Posídon e Zeus, segundo a Teogonia de Hesíodo. Por ser mãe de todos deuses do Olimpo, é conhecida como Mãe dos Deuses. É uma deusa relacionada com a fertilidade.
Devido a um oráculo de Urano que profetizara que Cronos seria destronado por um dos filhos, este passou a engolir todos os filhos assim que nasciam. Réia decidiu que isto não ocorreria com o sexto filho. Assim, quando Zeus nasceu, Reia escondeu-o numa caverna no Monte Ida, em Creta, aos cuidados dos assistentes curetes, posteriormente sacerdotes e, no lugar do filho, deu a Cronos uma pedra enrolada em panos. Cronos engoliu-a, pensando ser o filho. Há diversas versões sobre quem criou Zeus. Algumas relatam que ele foi criado por Gaia; outras, por uma ninfa (Adamantéia ou Cinosura); segundo uma outra versão, foi nutrido por uma cabra (Amaltéia). Ao atingir a idade adulta, Zeus destronou o pai, forçou-o a vomitar os irmãos e assumiu o Olimpo.
Seguindo a ascensão do filho Zeus ao status de rei dos deuses, ela contestou uma parte do mundo e acabou refugiando-se nas montanhas, onde cercou-se de criaturas selvagens. Geralmente, é associada a leões ou a uma biga puxada por leões.
Na Ásia Menor, era conhecida como uma deusa terrestre, sendo venerada com ritos orgíacos. O nome significa "fluxo", aparentemente em referência à menstruação feminina, e "reconforto", talvez em referência aos partos fáceis.
Na mitologia grega, os Titãs – masculino – e Titânides – feminino - (em grego Τιτάν, plural Τιτᾶνες) estão entre a série de deuses que enfrentaram Zeus e os deuses olímpicos na sua ascensão ao poder. Outros oponentes foram os Gigantes, Tífão e Ofion.
Dos vários poemas gregos da idade clássica sobre a guerra entre os deuses e os Titãs, apenas um sobreviveu. Trata-se da Teogonia atribuída a Hesíodo. Também o Ensaio Sobre a música, atribuído a Plutarco, menciona, de passagem, um poema épico, perdido, intitulado Titanomaquia ("Guerra dos Titãs") e atribuído ao bardo trácio cego Tamiris, por sua vez um personagem lendário. Além disso, os Titãs desempenharam um papel importante nos poemas atribuídos a Orfeu. Ainda que apenas se conservem fragmentos dos relatos órficos, estes revelam diferenças interessantes em relação à tradição hesiódica.
Os mitos gregos da Titanomaquia caem na classe dos mitos semelhantes na Europa e Médio Oriente, em que uma geração ou grupo de deuses confronta os dominantes. Por vezes os deuses maiores são derrotados. Outras, os rebeldes perdem e são afastados, totalmente, do poder, ou ainda incorporados no panteão. Outros exemplos seriam as guerras dos Aesir, com os Vanir e os Jotunos na mitologia escandinava, o épico Enuma Elish babilónico, a narração hitita do "Reino do Céu" e o obscuro conflito geracional dos fragmentos ugaritas. O Livro da Revelação cristão também descreve uma "Guerra no Céu".
O Monte Olimpo (grega: Όλυμπος; também transliterado como monte Ólimpos, e em mapas modernos, Óros Ólimbos) é a mais alta montanha da Grécia, com 2.919 metros ou 9.576 pés. Conclui-se firmemente que o Monte Olimpo é uma das mais altas montanhas da Europa, em altitude absoluta da base até o topo. Está situado a 40°05'N, 22°21, da Grécia. O mesmo monte está localizado a cerca de 100 km de distância de Salônica, segunda maior cidade da Grécia. Localiza-se próximo ao Mar Egeu, na Tessália (figura da esquerda).
Ao caminho para a Cume Mitikas, tira-se outra conclusão sobre o Monte Olimpo. O Monte Olimpo torna-se reconhecido pela sua flora, a qual é muito rica, sobretudo devido à presença de espécies endêmicas. O Cume Mitikas é o pico mais alto do Monte Olimpo, com 2.919 metros, o equivalente a 9576 pés. Mitikas, em grego, que dizer "nariz" (porém, por raízes históricas, acaba recebendo o nome em grego mesmo, pois "nariz" corresponderia a Mitikas).
Qualquer um que queira escalar o Monte Olimpo começa a partir da cidade de Litochoro, que acabou também por receber o nome Cidade dos Deuses, devido à sua localização próxima à base do Monte Olimpo.
Mas é importante saber que Olimpo é um nome popular ao longo de todo o mundo. Além desse Monte Olimpo, na Tessália, há na Grécia mais quatro montes com esse nome: Na Mísia, na Cilícia, na Arcádia, na Élida. Ainda há um com o mesmo nome no Chipre, um na antiga região da já extinta região de Frígia, outros 2 nos estados norte-americanoso Utah e Washington, um vulcão em Marte (Olympus Mons) e muitos outros.
Pelas descrições, a morada dos Deuses mitológicos tem parecença com a figura da direita, que se refere aos Mosteiros de Meteora, região da Tessália, Grécia.
Na mitologia grega, o Monte Olimpo é a morada dos Doze Deuses do Olimpo (Zeus, Hera, Poseídon, Hades, Atena, Apolo, Ártemis, Afrodite, Ares, Hefesto, Hermes, Dionísio), os principais deuses do panteão grego. Os gregos pensavam nisto como uma mansão de cristais onde estes deuses - como Zeus - habitavam. Sabe-se também, na mitologia grega, que, quando Gaia deu origem aos Titãs, eles fizeram das montanhas gregas, inclusive as do Monte Olimpo, seus tronos, pois eram tão grandes que mal cabiam na crosta terrestre. A etimologia de Olimpo é desconhecida, mas possui grandes traços de semelhança com a cultura pré-indo-européia. Há trabalhos recentes que divulgam uma Luvi origem.
Os Deuses Olímpicos são os 12 deuses principais da mitologia grega, que vivem no Monte Olimpo, de onde vem seu nome. Os deuses olímpicos moravam em um imenso palácio, em algumas versões de cristais, construído no topo do monte Olimpo, uma montanha que ultrapassaria o céu. Comiam a ambrósia e bebiam o néctar, alimentos exclusivamente divinos, ao som da lira de Apolo, do canto das Musas e da dança das Cárites. Apesar de não haver confirmação mitológica, supõe-se que os deuses olímpicos não ficavam exclusivamente no Olimpo, mais exerciam suas responsabilidades em outros locais, por exemplo, como Hades que vive no mundo dos mortos.
Por vezes alguns autores incluem outros deuses entre os 12 olímpicos, neste artigo eles serão considerados "Deuses olímpicos menores".
Doze Principais
Normalmente, a lista dos 12 deuses olímpicos principais mais aceita é a abaixo, mas a lista varia um pouco e Héstia e Demetér, por exemplo, aparecem em algumas.
Jupiter (Zeus), deus dos deuses, do céu e da terra, senhor do Olimpo;
Juno (Hera), esposa de Zeus, deusa dos deuses, protetora do casamento;
Neturno (Poseídon), deus dos oceanos e mares;
Plutão (Hades), deus do mundo dos mortos;
Minerva (Atena), deusa da guerra justa, da justiça, da sabedoria;
Apolo, deus do Sol, das artes e das profecias;
Diana (Ártemis), deusa da lua e da caça;
Venus (Afrodite), deusa do amor e da beleza;
Marte (Ares), deus da guerra;
Vulcano (Hefesto), deus do fogo e da metalurgia;
Mercurio (Hermes), o mensageiro de Zeus, protetor dos ladrões e comerciantes;
Baco (Dioníso), deus do teatro, do vinho e das festas.
Deuses menores
Ceres (Deméter), deusa da agricultura;
Cupido (Eros), deus do amor;
Héstia, deusa do fogo e da família;
Éolo, deus dos ventos;
Hércules (Héracles), depois de morto, foi aceito entre os olímpicos
Latona, mãe de Apolo e Diana (Demeter)
Hebe, Deusa da Juventude
Temis
Íris
Graças ou Carites
As Musas
As Horas
As Parcas
Referências:
1. "Dicionário da Mitologia Greco-Romana" - 1973 - Abril S.A. Cultural e Industrial
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