AS INTRIGANTES PIRÂMIDES
Fonte: Revista Planeta Extra - PIRÂMIDES
Os dois grandes monumentos de pedra da face da Terra - as pirâmides do Egito e do México - estão intimamente relacionados entre si. Uma linha parece uni-los, traçando sobre o planeta um braço colossal, em forma de suástica. Orientada para a esquerda, esta suástica indica o caminho do Sol, em seu trajeto oriente-ocidente. Esta, porém, é apenas mais uma hipótese levantada em torno do mais fabuloso enigma de todos os tempos:
O que eram as pirâmides?
Não é ao acaso que se deve atribuir a forma das pirâmides. Seus construtores tinham em mente objetivos definidos. Podemos distinguir dois: o simbólico e o prático, embora ambos possam estar unidos.
O simbolismo é claro: a pirâmide representa a Montanha Sagrada de todas as mitologias: o Olimpo, a Torre de Babel (figura), com a qual os mortais procuram aproximar-se dos deuses e heróis, o Monte Sinai, onde Deus entrega as tábuas da Lei, e Aztlan, a montanha primordial dos astecas.
Capítulo 43, versículo 12 de Ezequiel:
"Eis a lei do templo: no cume da montanha, todo o espaço que rodeia o lugar é sagrado. Tal é a lei relativa ao templo."
No capítulo 21 do Apocalipse está escrito:
"Levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a cidade santa, Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus, revestida da glória de Deus... A cidade formava um quadrado: o seu comprimento igualava a largura."
Em resumo, é o símbolo da união entre o céu e a terra.
A forma primordial lembra o triângulo, que exprime a Trindade, encontrada em todas as religiões.
No Egito é Amon, Mouth e Khons; na Índia é Brama, Vishnu e Shiva; nas lendas escandinavas, os três filhos de Bore. O número três indica, entre outros conceitos, o fogo: luz, chama e calor; o tempo: passado, presente e futuro; a família: pai, mãe e filho, inclusive as famílias sagradas, como Osíris, Ísis e Hórus.
A forma triangular, assentada sobre uma forma quadrangular, exprime a soma 3 mais 4 = 7. Sete, o número mágico.
Além do objetivo simbólico, havia a intenção técnica. A forma piramidal produz um ou mais tipos de energia, que ainda não identificamos, mas que podemos observar em seus efeitos. O departamento de patentes da República checoslovaca registrou, em 1959, sob o número 91.304, o "afiador de lâminas pirâmide de Quéops", de autoria de Karel Drbal, residente em Praga. Drbal, que é engenheiro eletrônico, observou que, colocando uma gilete no interior de uma pirâmide de cartolina, após o uso, conseguia barbear-se até duzentas vezes com ela. Anos atrás, um viajante, Bovis, visitando a Grande Pirâmide do Egito, observou que os pequenos animais, como gatos, que entravam no edifício e lá morriam, desidratavam-se, transformando-se em múmias naturais. A publicação das observações de Bovis é que despertaram o interesse de Karel Drbal.
Certas correntes do ocultismo prático atribuem a cópias em escala da pirâmide de Quéops, cobertas com inscrições mágicas, virtudes curativas. A semelhança entre a forma das pirâmides e a dos cristais, como o cristal de magnetita, sugere uma possível relação entre o fenômeno magnético e a energia desconhecida.
CONTROVÉRSIAS SOBRE A IDADE DAS PIRÂMIDES
Para a ciência acadêmica, os monumentos não teriam mais que 5 mil anos; já para os ocultistas, seriam, sem dúvida, anteriores ao Dilúvio.
Os arqueólogos que se dedicam às civilizações da Meso-América, que compreende partes do México e América Central, afirmam que a pirâmide do Sol, em Teotihuacán, foi erguida em alguma época entre os séculos 49 e o 79 da era cristã, no período denominado Clássico.
UM SEGREDO IMPENETRÁVEL
Já não tem o mesmo ponto de vista o escritor e explorador francês Marcel Horhet, em cujo livro "Os Filhos do Sol" lemos: "Sabemos ademais que a orientação da pirâmide de Teotihuacán, no México, permite, servindo-se de cálculos astronômicos, fixar a data em que foi erigida, isto é, no ano de 4727 a.C."
Portanto, uma discrepância de mais de cinco milênios! A diferença de Cálculos é ainda maior, em se tratando das pirâmides do Egito. Se nos basearmos no que nos informa Heródoto, crendo nas palavras por ele ouvidas dos altos sacerdotes de Tebas, o período histórico do Egito seria de 11.340 anos, quando a nossa ciência oficial calcula no máximo 6.500 anos.
Para os ocultistas, a realidade é diferente. Antigos documentos sagrados relatam que foi no tempo em que Alpha Polaris era a estrela polar que se deram as construções, ou seja, há cerca de 31.150 anos. Segundo estes textos, os monumentos teriam sido erguidos por altos sacerdotes da civilização que existia no continente, hoje desaparecido, da Atlântida. Mais tarde, foram reconstruídos pelos faraós da IV Dinastia, com o auxílio dos hierofantes egípcios, que conservavam em seus arquivos secretos a valiosa herança da tradição dos atlantes e sua contagem de tempo.
AS PIRÂMIDES E OS PERSONAGENS DO VELHO TESTAMENTO
Segundo lendas árabes, a pirâmide de Quéops é o túmulo simbólico do profeta Enoch. As outras duas do sítio de Gizé também teriam origem em personagens bíblicos: a pirâmide de Quéfren seria o túmulo simbólico de Seth, filho de Adão e mestre de Enoch. Por analogia, deduzimos que a terceira pirâmide, a de Miquerinos, seria a sepultura simbólica de Adão, e a distância e diferença de orientação das construções correspondem às épocas distintas em que viveram os três seres.
Para Charles Piazzi Smyth, a Grande Pirâmide do Egito foi construída sob orientação divina, pelo ser que em Gênesis, 14, 18, é assim descrito: "Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus altíssimo, mandou trazer pão e vinho." Este personagem, no livro dos Salmos e na epístola aos Hebreus capo 5, 5 e 6, passa a simbolizar o Messias. Diz-se de Jesus:
"Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque" (Sl 109, 4).
O Templo de Salomão, cujo planejamento recordava os templos egípcios, era uma cópia duas vezes maior do antigo tabernáculo, o qual, segundo Josefo e outras fontes, era uma imitação do cofre sagrado em que era encerrado o corpo de Osíris e denominado Tabernáculo de Ísis, que os sacerdotes egípcios carregavam em procissão nas grandes cerimônias de culto e, principalmente, nos ritos de iniciação. Ora, as grandes pirâmides eram os locais iniciáticos por tradição, dedicados a Ísis e Osíris. Não seria demais lembrar que Moisés foi educado na corte egípcia.
As faces da Grande Pirâmide do Egito, hoje em degraus, eram outrora lisas, refletindo o Sol, como espelhos de calcário. A cobertura foi destruída por um terremoto e os restos usados para reconstruir a cidade do Cairo, no fim do século 12 de nossa era. A descrição dada em Apocalipse 21, 11 para a Cidade Santa poderia aplicar-se para a aparência primitiva da pirâmide de Quéops:
"Assemelhava-se seu esplendor a uma pedra muito preciosa, tal como o jaspe cristalino."
AS COINCIDÊNCIAS DE QUÉOPS E TEOTIHUACÁN
São tantos os fatos que unem as grandes pirâmides do Egito e do México que a costumeira explicação de "coincidências" não se aplica, apesar da enorme distância geográfica.
Dimensões: a altura da pirâmide de Quéops está por volta de 146m; a da pirâmide de Teotihuacán é de 66m. Como nenhuma das duas medidas é segura, pelas dificuldades causadas por se tratar de ruínas, podemos afirmar que a altura da segunda é, aproximadamente, a metade da primeira. A largura da base da pirâmide de Quéops gira em torno de 230m, enquanto a de Teotihuacán tem dois lados com 230m e os outros dois com 220m. Portanto, mais ou menos a mesma base.
Em síntese: a pirâmide do Sol, de Teotihuacán, tem aproximadamente a mesma base e metade da altura da pirâmide de Quéops, em Gizé, a qual, segundo autores antigos, seria também dedicada ao Sol.
Localização: o Trópico de Câncer, que não foi traçado a esmo, mas como linha solar, aproxima também as duas construções. A pirâmide do Sol situa-se ao sul do Trópico de Câncer, à distância semelhante a que está, ao norte da mesma linha, a região de Gizé. Esta singular disposição traça sobre o planeta o braço de uma colossal suástica sinistrógina, ou seja, orientada para a esquerda, indicando assim o caminho do Sol, que nasce no Oriente e se põe no Ocidente. Algumas escolas filosóficas defendem o ponto de vista de que a civilização segue o caminho do Sol, justificando-se, assim, duas grandes pirâmides, uma no Oriente e outra no Ocidente.
Pedro Calmon refere-se a este fenômeno em seu livro "O Rei Cavalheiro": "O sol da cultura declinava do Oriente para o Ocidente. A vez da Ásia passara; a vez da Europa chegava ao termo; na América, madrugava."
UM SEGREDO IMPENETRÁVEL
Medições astronômicas: se multiplicarmos a altura original da pirâmide de Quéops por um milhão, teremos, aproximadamente, a distância da Terra ao Sol, ou seja, 149.450.000km. Do mesmo modo, se multiplicarmos a altura da pirâmide do Sol pela menor largura de sua base, teremos um número perto da menor distância da Terra ao Sol, o número de 145.200.000 km; se multiplicarmos a sua altura pela maior largura, teremos, aproximadamente, a maior distância Terra-Sol, ou seja, 151.800.000km. Coincidências? Mesmo que fossem, teríamos ainda as seguintes: o meridiano que passa pelo centro da pirâmide de Gizé divide continentes e oceanos em porções iguais; a circunferência da pirâmide dividida pelo dobro de sua altura nos fornece o famoso número de Ludolf, pi = 3,1416.
O MISTÉRIO DO TÚMULO REAL DE PALENQUE
Não é apenas em Teotihuacán que encontramos uma grande pirâmide relacionada às do Egito. Há muitos fatos que sugerem uma ligação entre o México e o Egito antigo; entre eles, o sarcófago descoberto pelo arqueólogo Alberto Ruz Lhuillier em 1952, na localidade mexicana de Palenque, em Chiapas. Após vencer grandes obstáculos, Alberto Ruz descobriu uma escadaria subterrânea secreta, que levava a uma enorme cripta, encravada na pirâmide denominada Templo das Inscrições, onde se encontrava um impressionante sarcófago de pedra.
Após a abertura, deparou com o esqueleto de um homem de idade mediana, bem mais alto que o maia comum (o esqueleto media 1,73m) e sem as deformações dentárias que a nobreza costumava trazer. Provavelmente, o personagem que trazia sobre a face uma magnífica máscara de jade, não era maia de origem. Comenta o próprio descobridor: "O Túmulo Real de Palenque, como é hoje popularmente denominado, com certa propriedade intuitiva, talvez nos aproxime mais do conceito egípcio se admitirmos que a pirâmide que o ocultava, embora sustentasse um templo, foi também construída para servir de grandioso monumento funerário."
O cientista está convencido de que tais paralelismos não representam nenhum contato cultural entre Egito e América, pois estas civilizações estiveram separadas por intransponíveis barreiras no espaço e no tempo.
As recentes expedições de Thor Heyderhal, em embarcações idênticas às usadas pelos antigos navegantes, provaram que tais barreiras afinal não eram assim tão intransponíveis.
QUÉFREN: UM DESAFIO ÀS LEIS CIENTíFICAS
O enigma que envolve as pirâmides se manifesta também de modo palpável e comprovável cientificamente na de Ka-F-Ra ou Quéfren, na área de Gizé.
Um empreendimento envolvendo um milhão de dólares foi tentado pela Universidade Ein Shams, no ano de 1968, para radiografar aquela construção, que a ciência julga datar de algum período entre 2200 e 2700 antes da nossa era, e que tem quase o mesmo tamanho da pirâmide de Quéops (Khufu), a qual está situada a pouca distância da mesma.
Os pesquisadores procuravam galerias e corredores secretos no interior daquela montanha artificial e, quem sabe, a sepultura do faraó. Em 1969, um moderno computador IBM foi cedido à universidade. No dia primeiro de julho, o Dr. Amr Goheb, que dirigia o projeto, declarou ao Times de Londres que o que ocorria na pirâmide "desafia todas as leis conhecidas da ciência e da eletrônica". O resultado das irradiações dos aparelhos e seu registro pelos computadores desconcertou o doutor: "Isto é cientificamente impossível." No entanto, estava acontecendo ...
O doutor Goheb declarou ainda: "Ou a geometria da pirâmide apresenta um erro substancial, o que invalida nossas leituras, ou existe ali um mistério além de toda explicação - chamem-no pelo nome que quiserem, ocultismo, maldição do faraó, feitiçaria, magia..., existe ali uma força que desafia as leis da ciência."
Portanto, aqui, a estranha energia das pirâmides desorganiza os registros de nossos computadores e confunde nossos cientistas!
SUPOSIÇÕES SOBRE A FINALIDADE DAS PIRÂMIDES
O mais profundo mistério envolve a verdadeira finalidade das pirâmides, pois, devido ao enorme esforço técnico, humano e material despendido, só faria sentido se seus construtores tivessem em mente algo grandioso e solene. Ainda hoje não atinamos com precisão para este objetivo.
Os historiadores acreditam que eram pura e simplesmente túmulos, no caso egípcio, e bases para os templos na Meso-América. O fato dos túmulos serem tão grandes no Egito seria o reflexo da rígida organização teocrática que regia aquele povo.
Tal não é a interpretação dos teósofos. Para eles, as pirâmides eram utilizadas no Egito Antigo para a iniciação dos faraós e de certos membros da nobreza e da família real nos sagrados rituais Secretos de Ísis e Osíris, a Mãe e o Pai simbólicos da Sagrada Família egípcia.
Quanto ao sarcófago de pórfiro (um mineral) encontrado no interior da pirâmide de Quéops, não seria para enterrar morto algum. Tratava-se da simbólica "fonte batismal", na qual o neófito, candidato à sabedoria dos deuses, era mergulhado. Após o batismo, o candidato renascia e se transformava no homem perfeito.
Seria esta a utilidade das pirâmides encontradas também no Brasil, na cidade goiana de Paraúna, onde, perto de um túnel com paredes lisas e paralelas ao solo até certa distância, que depois entram no interior, localizaram-se "enormes blocos de pedras, dispostos em pirâmides e circundados por um colar de pedras menores hexagonais". Podemos lembrar também os tradicionais chapéus com que são representadas tanto as fadas como as bruxas da lenda. Eles eram em forma de cone, assemelhando-se às pirâmides. Do mesmo modo, os chapéus usados por religiosos e membros de sociedades secretas, como, por exemplo, a Ku Klux Klan, que, juntamente com a capa, transforma todo o corpo de seu portador em uma pirâmide humana.
As pirâmides, saindo da terra apoiadas em sua base quadrada e elevando-se ao céu em triângulo, simbolizam e exprimem, de forma magnífica, o insigne anseio de todo homem ao espírito.
Os humanos arquitetos daquelas obras de arte em pedra simbolizaram nelas o maior de todos os arquitetos: a divindade.
Arqueólogos mexicanos do Instituto Nacional de Antropologia e História descobriram sob a pirâmide do Sol, em Teotihuacán, uma enorme caverna de 250 metros de comprimento e 5 metros de altura.
A gruta, cinco metros abaixo do nível do solo, é orientada no sentido leste-oeste (o mesmo dos trópicos) e situa-se precisamente sob a parte central da construção. A galeria, que aproveitou uma concavidade natural, parece-se ao passadiço de um barco, dividido em duas partes, com a faixa divisória exatamente no centro da pirâmide.
Descoberto casualmente em 1972, quando uma forte chuva revelou sua embocadura, o subterrâneo assemelha-se a um longo túnel, no fim do qual se acha uma câmara. Também foram localizados, quase no final da cova, três caminhos que se abrem como um trevo de três folhas.
Na câmara foram encontrados ossos humanos que permitiram aos cientistas datar a presença de homens na gruta em cerca de 300 anos antes de Cristo, e peças de cerâmica ricamente trabalhadas, com desenhos e inscrições desconhecidas.
Na pirâmide da Lua, que os teotihuacanos ergueram em frente à do Sol, no entanto, não se achou nenhuma gruta por ora. A gruta do Sol tem as paredes aplainadas com adobe e argila negra, sem desenhos ou decorações, e os pesquisadores, que só revelaram a descoberta em julho de 1974, acreditam que ela teria servido, no período pré-clássico, como câmara ritual.
Pirâmides na China
Revista Sexto Sentido - nº 18
Apesar de geralmente ser associadas à América e ao Egito, as pirâmides também existem na China. E mesmo que o assunto não seja muito divulgado, os pesquisadores costumam associar as construções chinesas à presença de extraterrestres no passado das civilizações do planeta.
Dizem que existe mais de uma centena de pirâmides, a maioria localizada na região central da China, perto de Qin Chuan e da cidade de Xian. A primeira vez que se falou sobre elas parece ter sido na virada do século XIX para o XX, quando dois negociantes australianos viajavam pela região e visitaram as construções.
Atualmente, não se tem muita informação sobre qualquer pesquisa sendo realizada. Na verdade, os estudiosos dizem que o governo chinês tem feito de tudo para negar a existência dos monumentos, afirmando que eles não passam de montes de terra. Eles estariam cobrindo as pirâmides com árvores para dar a impressão de serem acidentes geográficos naturais.
As lendas em torno dessas estruturas, no entanto, dizem que elas são muito antigas, anteriores até mesmo aos registros existentes sobre a região, e que atingem mais de 5 mil anos. Esses negociantes ouviram a história de que as construções tinham sido erigidas numa época em que os velhos imperadores reinavam na China. Segundo se diz, esses imperadores não eram originários da Terra, mas descendiam dos filhos do céu, que teriam descido até aqui em seus dragões metálicos.
As pirâmides, ao contrário das suas semelhantes mais conhecidas, não são feitas de pedra, mas de argila, e se encontram em péssimas condições de conservação. Como ocorreu com algumas ruínas no Peru e Bolívia, os habitantes locais retiraram material das construções para aproveitar em suas próprias casas. A maioria das pirâmides tem entre 25 e 100 metros de altura, com exceção da que ficou conhecida como a Grande Pirâmide Branca, com 300 metros de altura. Qualquer visita à região é muito complicada, uma vez que nas proximidades existe uma base de lançamento de foguetes do programa espacial chinês e a segurança é muito grande.
Quem teria construído tais monumentos ainda vai dar o que falar aos arqueólogos e pesquisadores autônomos. Percebe-se claramente que elas seguem o mesmo estilo das encontradas na América Central e do Norte, mas já se falou que a Grande Pirâmide Branca pode ter correlações arquitetônicas com a pirâmide de Gizé. De qualquer forma, seu tamanho é majestoso o bastante para impressionar qualquer um.
Seja qual for o rumo dos estudos sobre pirâmides nos próximos anos, ainda há muito o que ser dito, sejam elas de origem terrestre ou não.
AS REVELAÇÕES DE QUEÓPS, A GRANDE PIRÂMIDE:
O Pe. Moreux foi um sacerdote astrônomo que se interessou pela arqueologia. Segundo ele, a razão foi que as tábuas astronômicas dos povos mais remotos esclarecem muitos problemas relativos à história mais longínqua.
Ele explica que os eclipses não duvidosos registrados pelos sábios da China não têm mais de 4400 anos.
Quéops tem perto de 150 metros de altura e uma base de cinco hectares; pesa 6 milhões de toneladas e a riqueza do Egito - no ano em que o Pe. Moreux escreveu o livro - não seria suficiente para pagar os operários encarregados de demoli-la.
Para construí-la, criou-se um enorme viaduto de 925 metros de extensão e 19 de largura, feito de pedras polidas e ornado com figuras de animais ‒ como narrou o historiador grego Heródoto (II, 124).
Alguns blocos têm 10 metros de extensão. Um deles supera os 170 metros cúbicos e pesa mais de 470 toneladas. Não se consegue passar o fio de uma faca entre pedra e pedra, de tal maneira estão bem encaixadas sem usar cimento algum.
As pirâmides serviram de túmulos para faraós e magnatas. Mas, a de Quéops é intrigante.
Certamente jamais houve nela múmia alguma. Os nomes câmara do rei, câmara da rainha, no caso de Quéops, são fantasiosos. Não há inscrições funerárias como nas outras.
No local onde deveria haver um sarcófago, na câmara do rei, só há uma bacia de pedra admiravelmente entalhada.
O Pe. Moreux sublinha: “a Grande Pirâmide não é um túmulo. Então, com qual finalidade foi construída? Mistério”.
POSICIONAMENTO GEOGRÁFICO
Coordenadas do Nilo
Durante a expedição de Napoleão, a missão científica que o acompanhava fez a triangulação do Egito, e usou a Grande Pirâmide como ponto de referência. Então, constatou que a prolongação das diagonais dela encerra perfeitamente o delta do Nilo, e que a linha Norte-Sul que passa por seu topo divide o delta em dois setores rigorosamente iguais.
Pontos cardeais
Todas as pirâmides deviam ter seus lados voltados para os pontos cardeais. Mas, com exceção de Quéops, elas estão mal orientadas. Para não errar é preciso vencer sérias dificuldades, porque a bússola aponta para o Pólo magnético e não para o Pólo geográfico. A estrela Polar indica muito imperfeitamente a posição do Pólo, porque a Terra tem um movimento oscilatório que modifica a posição aparente da abóboda celeste.
O famoso astrônomo Tycho Brahe (1546-1601) errou em 18 minutos de arco a orientação do célebre Observatório de Urianenbourg. Mas a Grande Pirâmide apresenta um erro mínimo, como se seus arquitetos conhecessem o que, milênios depois, a ciência estabeleceria com ingentes sacrifícios.
O meridiano terrestre
Hoje se utiliza o meridiano de Greenwich para dividir a Terra, iniciar os horários e os dias. Porém o meridiano ideal é o da Grande Pirâmide. “Porque é o que atravessa mais continente e o mínimo de mares. Aliás, ele é exclusivamente oceânico a partir do estreito de Behring e, coisa mais extraordinária ainda, se se calcula exatamente a extensão de terras que o homem pode habitar, verifica-se que o famoso meridiano as divide em duas partes rigorosamente iguais”.
Como os construtores da Grande Pirâmide teriam podido mensurar a Terra toda?
O paralelo mais terrestre
“Puxemos um paralelo pelo grau 30 latitude Norte. O que constatamos? Esse círculo traçado em volta do planeta abarca a maior extensão continental. Ora, é precisamente sobre esse paralelo que foi construída a Grande Pirâmide”.
O Pe. Moreux mostra ainda mais: Quéops não está exatamente no paralelo 30 Norte mas no 29 58'51' N. E, de fato, quem olha o pólo celeste desde essa posição o vê como se estivesse exatamente no paralelo 30 N.
A causa desta distorção é a refração atmosférica. Porém, este fenômeno só foi descoberto milênios depois. Entretanto, os construtores da Pirâmide agiram como se soubessem dele.
Na ordem geométrica
Heródoto conta que os sacerdotes egípcios lhe ensinaram que as proporções entre o lado da base e a altura eram tais que “o quadrado construído com base na altura vertical igualava, exatamente, a superfície de cada uma de suas faces triangulares”.
Esta referência, segundo o sacerdote astrônomo, prova que, desde sempre, Quéops foi calculada para “materializar, para dizer assim, noções numéricas e relações matemáticas dignas de serem conservadas”.
A quadratura do círculo e o número Pi
É uma velha preocupação descobrir por cálculos geométrico-matemáticos as proporções de uma figura que tenha a mesma superfície de uma figura diversa. Por exemplo, quanto medem os lados de um quadrado que tem a mesma superfície de um triângulo dado.
A dificuldade era imensa quando se tentava passar de uma figura retangular a outra circular, pois requer o número Pi (3,14159265358979323846…) que custou muitíssimo definir.
Mas encontra-se o número Pi na Grande Pirâmide dividindo o perímetro da base por duas vezes a altura. Este resultado não é acidental, pois os ângulos dos lados foram modificados para produzir esse número.
Quer dizer, conclui esta parte o Pe Moreux: “este monumento único no mundo é bem a consagração material de um valor importante que, para obtê-lo, o espírito humano empreendeu esforços inimagináveis”.
Mas as revelações de Quéops não ficam por aqui. Elas até são muito mais incríveis.
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