Alguns historiadores afirmam provir a Maçonaria dos antigos mistérios pagãos religiosos do velho Egito e da antiga Grécia. Outros admitem que ela tenha se originado por ocasião da construção do templo de Jerusalém, no reinado de Salomão, rei dos israelitas (1082-975 a.C), e apontam como fundador, Hiram Abif, suposta arquiteto do citado templo.
A maioria dos escritores maçons, porém, é de opinião que a Maçonaria deve sua origem e existência a uma confraria de pedreiros, criada por Numa, em 715 a.C, que viajava pela Europa e mais tarde construiu basílicas. Com o passar dos tempos, porém, essa sociedade perdeu o seu caráter primitivo e muitas pessoas estranhas à arquitetura nela foram admitidas.
A maçonaria é uma associação de carácter universal, cujos membros cultivam a filantropia, justiça social, aclassismo, humanidade, os princípios da liberdade, democracia e igualdade, aperfeiçoamento intelectual e fraternidade. É uma associação iniciática, filosófica, filantrópica e educativa. Os maçons estruturam-se e reúnem-se em células autônomas, designadas por oficinas, ateliers ou (como são mais conhecidas e corretamente designadas) Lojas, "todas iguais em direitos e honras, e independentes entre si".
Sendo uma associação iniciática utiliza diversos símbolos, dentre estes alguns são conhecidos.
Cada Loja Maçônica é composta pelo Venerável Mestre (ou Presidente), que preside e orienta as sessões, pelo Primeiro Vigilante, que conduz os trabalhos e trata da organização e disciplina em geral e pelo Segundo Vigilante, que instrui os aprendizes; o Orador, que sumariza os trabalhos e reúne as conclusões, é coadjuvado pelo Secretário, que redige as atas e trata da sua conservação e é responsável pelas relações administrativas entre a loja e a obediência, junto com o Venerável Mestre; o Mestre de Cerimônias, que introduz os irmãos na loja e conduz aos seus lugares os visitantes e ajuda o Experto nas cerimônias de iniciação; o Tesoureiro, que recebe as quotizações e outros fundos da loja e vela pela sua organização financeira e, por fim, o Guarda do Templo, que vela pela entrada do Templo (em alguns Ritos e lojas é só externo; noutros é externo e interno, e ainda noutros, ambos são ocupados por irmãos diferentes). Os cargos do Venerável Mestre ao Secretário são chamados as luzes da oficina.
A maçonaria universal utiliza o sistema de graus para transmitir os seus ensinamentos, cujo acesso é obtido por meio de uma Iniciação a cada grau, e os ensinamentos são transmitidos através de representações e símbolos.
O nome "maçonaria" provém do francês maçonnerie ou do inglês masonry, que significa "construção". Esta construção é feita pelos maçons nas suas Lojas (Lodges). Alguns autores dizem que a palavra é mais antiga e teria origem na expressão copta Phree Messen (Franco-maçon), cujo significado é "filhos da luz".
Na Idade Média havia dois tipos de pedreiros: o rough mason (pedreiro bruto) que trabalhava com a pedra sem lhe extrair forma ou polimento, e o Freemason (pedreiro livre) que detinha o segredo de polir a pedra bruta.
A maçonaria simbólica compreende três graus:
- Aprendiz
- Companheiro
- Mestre
OS RITOS
Compostos por procedimentos ritualísticos, são métodos utilizados para transmitir os ensinamentos e organizar as cerimônias maçônicas.
Dentre os principais praticados no Brasil, destacam-se:
- Rito Escocês Antigo e Aceito;
- Rito de York;
- Rito Schröder;
- Rito Moderno;
- Rito Brasileiro;
- Rito Adonhiramita;
- Rito Escocês Retificado.
Já em Portugal, os principais utilizados são:
- Rito Escocês Antigo e Aceito;
- Rito de York;
- Rito Moderno;
- Rito Escocês Retificado.
No mundo existiram mais de duzentos ritos; pouco mais de cinquenta são praticados atualmente, porém os mais utilizados são o Rito de York, o Rito Escocês Antigo e Aceito e o Rito Moderno (também chamado de Rito Francês ou Moderno, na Europa); juntos, estes três ritos detêm, como seus praticantes, mais de 99% dos maçons operativos; outros tipos de Ritos maçônicos menos comuns destacam-se pela abordagem mais esotérica e espiritualista, como é, por exemplo, o rito denominado por Rito de Memphis-Misraim.
GRAUS
A maçonaria é composta por Graus Simbólicos e Filosóficos, variando o seu nome e o âmbito de Rito para Rito.
A constituição dos três primeiros graus é obrigatória e está prevista nos landmarks da Ordem; são, a saber: Aprendiz, Companheiro e Mestre.
O trabalho realizado nos graus ditos "superiores" ou filosóficos é optativo e de caráter filosófico.
Existem diversos sistemas de graus superiores, como o de 33 graus do Rito Escocês Antigo e Aceito, o de 13 graus do Rito de York e do Adonhiramita, o de 7 graus do Rito Moderno e do Rito Escocês Retificado.
MAÇONARIA SIMBÓLICA
A Maçonaria mantém a divisa - Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
A maçonaria, cuja origem se perde na noite dos tempos, teve sempre por especial escopo agremiar todos os homens de boa vontade que, convencidos da necessidade de render sincero culto à virtude, procuram os meios de propagar o que a doce e sã moral nos ensina.
Ora, como esses homens desejam trabalhar nessa obra meritória, com toda tranquilidade, calma e recolhimento, reúnem-se para isso nos Templos Maçônicos.
Três são as colunas imóveis que sustentam todo o edifício maçônico, significando as três poderosas forças da Natureza: Sabedoria, força e beleza.
As três luzes do templo: As 3 perguntas que são respondidas na câmara das reflexões são: A divindade, a Natureza e o Homem.
Enfim, as três pancadas dadas com o malhete para que se abrissem as portas do templo significam: Buscai e dar-se-vos-á.
Autor: Raul Silva
Os principais símbolos maçônicos, que devem ser conhecidos no Grau de Aprendiz, são os seguintes:
COMPASSO - Representa a Justiça, pela qual devem ser medidos os atos do homem; simboliza, também, o comedimento na busca, já que, traçando círculos, delimita um espaço bem definido, símbolo do todo, do Universo. No plano esotérico, o Compasso é a representação das qualidades espirituais e do conhecimento humano. No Grau de Aprendiz, os ramos do Esquadro cobrem as hastes do Compasso, mostrando que a materialidade suplanta a espiritualidade, ou que a mente ainda está subjugada pelos preconceitos e pelas convenções sociais, sem a necessária liberdade para pesquisar e procurar a Verdade.
ESQUADRO - Simboliza a Equidade, a justiça, a Retidão de caráter; esotericamente representa a matéria, ou o corpo físico. Retidão é a qualidade do que é reto, tanto no sentido físico quanto no moral e ético; assim, à retidão física, emanada do Esquadro, corresponde a retidão moral, caracterizada pelas ações de acordo com a lei, com o direito e com o dever, e a virtude de seguir retamente, sem se desviar, a direção indicada pela equidade. É a jóia-símbolo do Venerável Mestre.
CINZEL - Instrumento cortante numa das extremidades, usado por escultores e gravadores. O Cinzel é um dos símbolos específicos do Grau de Aprendiz, pois, sendo destinado ao esquartejamento da pedra (que transforma a pedra bruta e informe em pedra cúbica, usada nas construções) ele simboliza a Razão, a Inteligência, enquanto que, esotericamente, é o físico, ou a matéria, sobre a qual atua o espírito, que é o Maço.
MAÇO ou MALHO - Instrumento utilizado para, atuando sobre o Cinzel, desbastar a pedra. Simboliza a Força de caráter a serviço da Razão e da Inteligência (representados pelo Cinzel). Do ponto de vista místico, é o espírito atuando sobre a matéria. Também é um símbolo específico do Grau de Aprendiz.
RÉGUA - Haste de madeira ou metal dividida em 24 partes; cada parte corresponde a uma polegada. Necessária para marcar os limites do esquadrejamento da pedra para que as suas bordas sejam retas; simboliza um caminho retilíneo a seguir, com uma conduta reta, sempre à frente. É o emblema da disciplina, da moral, da exatidão e da justiça. Também é um símbolo do Grau de Aprendiz.
NÍVEL - Instrumento para comprovar a perfeita horizontalidade da superfície, simboliza a Igualdade. O Nível maçônico é uma combinação de Nível e Prumo, com o formato de um Delta ou de uma letra A, de cujo centro pende um fio vertical, o qual, se a superfície não for perfeitamente horizontal, se deslocará para um dos lados. O Nível está presente na saudação do Grau, no movimento horizontal da mão direita até o ombro direito. E a jóia do Primeiro Vigilante.
PRUMO - Instrumento usado para medir a perfeita verticalidade de uma superfície, é o símbolo da profundidade do Conhecimento, da Retidão e da Justiça. Representa, também, o Equilíbrio, ou Estabilidade, quando perfeitamente a Prumo. Está presente na saudação do Grau, no movimento vertical da mão direita ao longo do tronco. É a jóia do Segundo Vigilante.
PEDRA BRUTA - Objeto de trabalho do Aprendiz, deve ser desbastada e esquadrejada para se transformar em Pedra Cúbica, polida e regular. Simboliza o próprio Aprendiz no seu esforço para se aperfeiçoar e polir seu caráter, a sua retidão e a sua integridade; é, enfim, o próprio símbolo de seu aperfeiçoamento na Maçonaria.
DELTA RADIANTE - O Delta, ou Triângulo Equilátero, é o símbolo das tríades divinas. O Delta maçônico, além dessa representação, tem, no seu interior, as letras do nome hebraico de Deus, embora também seja usado o Olho Onividente, que o assimilam ao olho da Sabedoria de Horus. O Delta simboliza a Sabedoria Divina e a presença de Deus. O Delta é o símbolo máximo presente em um Templo.
LIVRO DA LEI - Simboliza a Lei Divina. Quando da Cerimônia da Abertura do Livro e leitura de um trecho, espiritualiza-se a Loja e seus presentes.
SOL - Desde os mais remotos tempos, o Sol é o símbolo da Luz. Para a Maçonaria a Luz é a do Conhecimento, do esclarecimento mental e intelectual. O Sol deve estar presente na decoração do Templo, no teto, mostrando a Luz que vem do Oriente. Presente também no retábulo do Oriente, ladeando o Delta, junto com a Lua, estará do lado em que fica o Orador, pois, na correspondência cósmica dos cargos em Loja, o Orador simboliza o Sol, pois dele emana a Luz, como Guardião da Lei.
LUA - Cultuada, desde a mais remota antiguidade, como a mãe universal, o princípio feminino que fertiliza todas as coisas, representa a alma. Suas forças são de caráter magnético e, portanto, opostas às do Sol, que possuem caráter elétrico. A Lua deve estar representada na parte Ocidental do teto dos Templos, em meio às trevas, em oposição ao Sol, que está no Oriente, para mostrar a escalada iniciática do Obreiro, das trevas em direção à Luz. Também pode estar presente no retábulo do Oriente, junto com o Sol, ladeando o Delta do lado em que ficar o Secretário, já que o titular desse cargo, na correspondência cósmica dos cargos em Loja, representa a Lua porque ele reflete, nas atas, a luz que vem do Orador, personificação do Sol.
PAVIMENTO MOSAICO - De origem sumeriana, simboliza, com seus quadrados brancos e negros, os opostos na vida do homem: a boa e a má sorte, a virtude e o vício, a riqueza e a miséria, a alegria e a tristeza, etc. Representa a mistura de raças, das condições sociais e do dualismo.
ESPADA - Instrumento de ataque e defesa, é mais própria do Cobridor do Templo, o qual, simbolicamente, deve usá-la para proteger o recinto contra eventuais intrusos. É o símbolo da combatividade do homem em defesa de seus domínios. Nas mãos do Venerável Mestre, a Espada Flamejante simboliza o poder de que está revestido para "criar" e "construir" Aprendizes, Companheiros e Mestres.
CORDA DE OITENTA E UM NÓS - É um adorno encontrado no alto das paredes verticais, com um nó central acima da cadeira do Venerável Mestre, tendo, de cada lado, quarenta nós, que se estendem pelo Norte e pelo Sul, terminando, seus extremos, em ambos os lados da porta Ocidental de entrada, em duas borlas representando a Justiça (ou Equidade) e a Prudência (ou Moderação). Essa abertura na corda significa que a Maçonaria é dinâmica e progressista, estando, portando, sempre aberta às novas idéias que possam contribuir para a evolução do homem e para o progresso racional da humanidade.
ESCADA DE JACOB -Trata-se da alusão bíblica à escada que Jacob teria visto em sonho. Símbolo da via ascendente até o céu, através das três virtudes: Fé, Esperança e Caridade.
COLUNAS ZODIACAIS - Os signos zodiacais, assim como todos os mitos solares e agrários da antiguidade, representam a morte e a ressurreição anual da natureza. Por isso, eles simbolizam o Iniciado, desde que, como candidato, ele é encerrado na Câmara de Reflexão - representado por Áries, passo inicial da renovação da natureza pelo Fogo, simbolizando o fogo interno, o ardor do candidato à procura da Luz - até ao acme da sua caminhada maçônica, quando recebe o Grau de Mestre - representado por Peixes, a total renovação da natureza, a volta do Sol e da vida, pronto para mais um ciclo. Os signos relacionados com o Grau de Aprendiz são: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão e Virgem.
PAINEL - O Painel Simbólico da Loja de Aprendiz mostra o pórtico e as colunas vestibulares, simbolizando a entrada no Templo; a Pedra Bruta, a Pedra Cúbica e a Prancha de Traçar, símbolos dos três Graus simbólicos: Aprendiz, Companheiro e Mestre, respectivamente; o Compasso e Esquadro entrecruzados, o Nível e o Prumo, simbolizando as três luzes da Oficina: Venerável Mestre, 1° e 2° Vigilantes, respectivamente; o Maço e o Cinzel, instrumentos de trabalho do Aprendiz no desbastamento da Pedra Bruta; três janelas simbolizando a marcha do Sol; a Corda de Nós, e uma Orla Dentada, enquadrando todo o conjunto, simbolizando os opostos.
COLUNAS GREGAS - As três colunas, das três ordens arquitetônicas gregas (Dórica, Jônica e Coríntia) são as que, simbolicamente, sustentam a Loja de Aprendiz, sendo, por isso, assimiladas ao Venerável Mestre e aos Vigilantes. A coluna Dórica, a mais forte, sem base e com um capitel simples, mas de alta plasticidade, era a personificação da Força do homem, sendo, por isso, assimilada pelo 1° Vigilante, responsável pela Coluna da Força. A coluna Jônica, mais esbelta, com uma base e um capitel trabalhados, com quatro voltas, era a representação da Sabedoria, sendo, portanto, assimilada pelo Venerável Mestre, personificação da Sabedoria. A coluna Coríntia, com um capitel de maior beleza plástica, é a representação da beleza, sendo assimilada pelo 2° Vigilante, responsável pela Coluna da Beleza.
Ir.-. Arnaldo Sato
Bibliografia:
- Cartilha do Aprendiz -José Castellani - Ed. "A Trolha" - 1992.
- O Aprendizado maçônico - Rizzardo da Camino - Ed. "A Trolha" - 1993.
- O Aprendiz Maçom, As Benesses do Aprendizado Maçônico - Rizzardo da Camino -Ed. Madras - 2000.
Fonte: http://www.sobrenatural.org/
SÍMBOLOS
Outro conceito dos símbolos mais importantes:
ACÁCIA - (do grego Akakia, árvore que significa a inocência) representa a inocência ou pureza, a segurança e a certeza. Foi um ramo de acácia que os companheiros de Hiram Abiff encontraram no seu túmulo improvisado. Corresponde à murta de Elêusis, ao visco dos Druidas e ao buxo dos Cristãos.
AÇO - símbolo da força
ÁGUA TOFANA - símbolo do desprezo dado ao maçom que não cumpre o seu dever
ALAVANCA - emblema da força moral, da perseverança, do poder da vontade; um dos instrumentos simbólicos, passivos, do grau de Companheiro, que deve ser associado à régua, instrumento ativo
AMPULHETA - emblema do tempo e da morte.
ÂNCORA - emblema da esperança, uma das virtudes necessárias ao aperfeiçoamento do homem e da estabilidade
ÂNGULO RETO - símbolo da virtude e da conduta do bom maçon. A posição dos pés, estando à ordem, no grau de Aprendiz, é em ângulo reto e assim também deve ser o seu passo
ARCO-ÍRIS - símbolo da aliança entre Deus e o homem
AVENTAL - elemento principal e essencial das insígnias maçônicas, símbolo do trabalho, tanto físico como intelectual e moral. O avental é geralmente composto por um retângulo (alusivo à forma do Templo de Salomão), a que se sobrepõe uma abeta triangular. No 1º grau (Aprendiz), a abeta acha-se levantada, ao passo que em todos os demais graus, ela se dobra para baixo. O retângulo do avental pode também mudar de forma, nomeadamente para hexágono e para semicírculo. As suas dimensões, cores e decorações variam com os graus, as funções, os ritos, as obediências e a própria história.
AZEITE - símbolo da paz, da caridade, da abundância e da fecundidade. Pode ser usado como combustível na iluminação das lojas, em vez das velas e dos círios
BALANÇA - símbolo da Justiça
BILHA DE ÁGUA - Simboliza a hospitalidade e a frugalidade que devem caracterizar o maçom
BOI - símbolo da força e do trabalho
CHAVE - símbolo da fidelidade e da discrição e, como tal, emblema do Tesoureiro de todas as lojas e ritos
CINZEL - símbolo do discernimento e dos conhecimentos adquiridos mas, também, da força, da tenacidade e da perseverança. O seu uso representa, para o Aprendiz, o aperfeiçoamento e o conhecimento de si próprio. Representa o passivo, indissociado do malhete, o ativo
CÍRCULO - símbolo da livre criação, do infinito e do universo, visto não ter começo nem fim, e resultar apenas de um ponto central (o homem), que o traça utilizando um instrumento (o compasso), cujo raio é o limite dos seus conhecimentos, da sua iniciativa e da sua ousadia
COLMÉIA - símbolo do trabalho coletivo e da solidariedade; como tal, simboliza o trabalho maçônico
COLUNAS J e B - símbolos dos limites do mundo criado, da vida e da morte, do elemento masculino e do elemento feminino, do ativo e do passivo, significam, respectivamente, Jokin e Bohaz
COMPASSO - símbolo do espírito, do pensamento nas diversas formas de raciocínio, e também do relativo (círculo) dependente do ponto inicial (absoluto). Os círculos traçados com o compasso representam as lojas
CORAÇÃO - símbolo do amor altruísta e da fidelidade
CORDA - símbolo da humildade e da escravidão em que se encontra um candidato a determinado grau, até o receber
CORDÃO - também chamado cordão nodoso e cordão do amor, corda com 12 nós e borlas nas extremidades, que se coloca em geral ao longo da parte superior de qualquer templo, junto ao teto. Simboliza a união fraterna entre maçons, a cadeia de união que os liga indissoluvelmente. Os 12 nós aludem aos 12 signos do Zodíaco, haja visto que o cordão, delimitando e rodeando o templo, se interpreta também como a eclíptica desse mesmo universo. Simbolizam igualmente os marcos ou pilares que fazem conservar no seu lugar certo os elementos do templo e, por extensão, os componentes do universo
COROA - símbolo da majestade, do poder, da glória e do triunfo.
CRUZ - símbolo do cosmos, pela combinação do horizontal com o vertical e, por analogia, do próprio templo; do ponto de vista cristão, simboliza a imortalidade e a ressurreição; os quatro elementos (ar, água, fogo e terra)
CUBO - isoladamente, o cubo simboliza a estabilidade; maçonicamente, simboliza, além disso, a obra-prima que o Aprendiz deve começar a preparar, trabalhando na pedra bruta e, portanto, a perfeição, a realização espiritual e de si mesmo. Associado à esfera, o cubo simboliza a totalidade das coisas, o universo, representando, ele próprio, a Terra. Associado à pirâmide quadrangular, o cubo simboliza a pedra por excelência
ESFINGE - Emblema do segredo maçônico e a quádrupla divisa exigida ao maçom: "saber" (cabeça humana), "ousar" (garras de leão), "poder" (corpo de leão ou de touro) e "calar" (mutismo da expressão) - os quatro pilares do templo de Salomão
ESPIGA - Símbolo da fecundidade e da universalidade do espírito, bem como da indestrutibilidade da vida
ESQUADRO - Resulta da união da linha vertical com a linha horizontal, é o símbolo da retidão e também da ação do Homem sobre a matéria e da ação do Homem sobre si mesmo. Significa que devemos regular a nossa conduta e as nossas ações pela linha e pela régua maçônica. Emite a ideia inflexível da imparcialidade e precisão de carácter, simboliza a moralidade
FERRO - símbolo dos trabalhos do mundo
FIO DE PRUMO - tal como na Maçonaria operativa o fio de prumo serve para verificar a vertical correta de qualquer lugar, na Maçonaria especulativa o fio de prumo simboliza a profundidade e a retidão do conhecimento, sem quaisquer desvios. E tal como, entre pedreiros, o fio de prumo, associado ao nível e ao esquadro, permite construir com perfeição um edifício, da mesma forma, entre os pedreiros-livres, aqueles objetos são indispensáveis à perfeição do indivíduo. O fio de prumo é o elemento ativo, de movimento e ação, que se associa ao nível, elemento passivo, de inércia e repouso
FLOR - As principais flores usadas na simbologia maçônica são:
Flor (amarela) da acácia - emblema da imortalidade da alma e da luz, sendo os espinhos emblema dos raios do Sol
Cravo (vermelho) - emblema do Amor, muitas vezes oferecido pelos maçons às pessoas que amam
Rosa (vermelha) - mesmo significado do cravo vermelho; significa também paixão, dor e martírio
Rosa (combinada com a cruz) - símbolo do Homem-Deus que existe em cada homem
Rosa (branca) - emblema da alegria e pureza
Rosa (amarela) - emblema da união
Rosa (negra) - emblema do silêncio
Lis (vermelho) - emblema da realeza e da autoridade
FOGO - símbolo que representa a fonte de energia necessária a qualquer grande obra, o amor profundo pelo próximo e o ardor ou entusiasmo por tudo o que é nobre e generoso. Na cerimônia da Iniciação, representa a purificação espiritual.
FOICE - emblema do tempo e da morte.
GALO - símbolo da ousadia e da vigilância, da representação do mercúrio
INCENSO - símbolo da pureza de intenções, o incenso, ao lado de outros perfumes, pode utilizar-se em cerimonias variadas
LÁGRIMAS - símbolo de luto e de tristeza
LÂMPADA - símbolo de fonte de luz
LEÃO - símbolo da força, do valor e do caráter
LUVAS - emblema da pureza, quer no sentido lendário, de não participação no assassínio de Hiram, quer no sentido moral, de não participação nos vícios do mundo profano; as luvas brancas são um dos elementos do vestuário maçônico, usadas na maioria dos graus.
LUZ - conhecimento que se recebe ao entrar na Maçonaria, quer do ponto de vista racional e moral, quer simbólico, e cuja intensidade aumenta à medida que se sobe na hierarquia dos graus. A luz maçônica opõe-se às trevas do mundo profano
MACHADO - símbolo do poder, da vontade, da autoridade e da destruição da ignorância.
MALHETE - pequeno martelo, emblema da vontade ativa, do trabalho e da força material; instrumento de direção, poder e autoridade
NÍVEL - ferramenta utilizada na Maçonaria operativa e, simbolicamente, pela Maçonaria especulativa também. Servindo para reconhecer se um plano é horizontal e sem acidentes, simboliza a igualdade social, indicando que os direitos dos homens são os mesmos
OLHO - o olho inscrito no delta ou triângulo luminoso simboliza o Sol visível, fonte de luz e da vida; simboliza igualmente o Verbo, o princípio criador, a presença omnisciente de Deus, a omnisciência da razão superior, omnisciência do dever e da consciência. Corretamente desenhado, o olho não deve ser direito nem esquerdo, mas impessoal e abstrato
OLIVEIRA - símbolo da vida e da prosperidade na paz vitoriosa
OSSOS - emblema da morte, da degradação e da renúncia. Na Câmara de Reflexões, indicam ao futuro maçom que se deve desprender das ossadas terrenas, da putrefação do túmulo, para nascer de novo
PÃO - emblema do alimento do espírito (com sal), da hospitalidade e (com a água) da frugalidade, existente na Iniciação para meditação do candidato a maçom. Indica-lhe a simplicidade que deverá nortear a sua vida futura
PAVIMENTO EM MOSAICO - chão em xadrez de quadrados pretos e brancos, com que devem ser revestidos os templos; símbolo da diversidade do globo e das raças, unidas pela Maçonaria; símbolo também da oposição dos contrários, bem e mal, espírito e corpo, luz e trevas
PEDRA BRUTA - símbolo das imperfeições do espírito do profano que o maçon deve procurar corrigir, e também da juventude, caracterizada pelo domínio das paixões e dos impulsos, a pedra bruta apresenta-se como um bloco tosco de pedra colocado junto da coluna dos Aprendizes. A tarefa destes últimos consiste em desbastá-la até à conversão em pedra cúbica, isto é, em aperfeiçoarem o espírito e em saberem controlar as paixões
PEDRA CÚBICA - símbolo da obra-prima que o Companheiro deve procurar realizar pelo aperfeiçoamento de si mesmo e o controle das paixões e dos impulsos, e também símbolo da idade madura, mais serena e calma, a pedra cúbica apresenta-se como um bloco de pedra bem talhada e polida, colocada junto à coluna dos companheiros. A sua forma termina, geralmente, em pirâmide. Na pedra cúbica estão, muitas vezes, inscritos emblemas diversos da ciência maçônica
PENTAGRAMA - estrela pentagonal, também chamada pentalfa, é o emblema da natureza e do homem que nesta se insere. As cinco pontas iguais correspondem à cabeça e aos quatro membros do ser humano. Colocada na parede do Oriente das lojas simbólicas, por cima da cadeira do Venerável
POMBA - emblema da força da natureza ou da virgindade
PONTE - símbolo da livre passagem
PUNHAL - instrumento de vingança simbólico contra os traidores
RAIOS - os raios que saem do delta resplandecente simbolizam a glória divina ou, num sentido racionalista, a glória da razão e da verdade
RÉGUA - Instrumento ativo, simboliza a retidão, a precisão na execução, o método, a lei justa, o aperfeiçoamento de toda a construção. Simboliza ainda o infinito, visto permitir traçar a linha reta, sem princípio nem fim. Associa-se à alavanca, instrumento passivo
SAL - símbolo da hospitalidade, da ponderação e da estabilidade que devem caracterizar o maçom
SANGUE - símbolo do sacrifício e da punição
SOL - símbolo da luz, tanto física como espiritual e, também, da vida, da saúde, do equilíbrio, da força, do polo ativo. O Sol desempenha um papel de relevo na emblemática maçônica, estando presente na decoração das lojas, no painel do Aprendiz, na linguagem e no conteúdo dos rituais, na fixação das grandes festividades
TEMPLO - simbolicamente, o templo é o objetivo da construção do maçom e do trabalho da Maçonaria. Representa, assim, o Homem perfeito, a Humanidade ideal do futuro e, por extensão, a paz, a harmonia, a liberdade, a igualdade e fraternidade, o bem; em suma, o conjunto de todas as virtudes maçônicas. Simultaneamente microcosmo e macrocosmo, as dimensões do templo são infinitas: do ocidente ao oriente, do setentrião ao meio-dia, do nadir ao zênite
VINHO - símbolo da inteligência
Fonte: http://www.sobrenatural.org/
Maçonaria Operativa e a Especulativa:
OPERATIVA: Os antigos maçons trabalhavam no sentido operativo, a arte útil, cuja intenção é proteger e servir à conveniência do homem e a gratificação de suas necessidades físicas.
Autor: Albert G. Mackey
Os indiferentes, segundo Geraldo Encausse (PAPUS), têm na Franco-maçonaria um meio de ajudar e ser ajudado. Para eles é uma sociedade como outra qualquer, mais prática, sobretudo.
ESPECULATIVA: A outra é de caráter investigativo, ciência profunda esotérica que estuda a ciência oculta da alma, do universo e que estuda o além do plano físico. Justamente é a simbologia o elo de ligação entre essas duas Maçonarias.
Autor: Albert G. Mackey
Segundo Geraldo Encausse (PAPUS), a maçonaria pode dividir-se em duas categorias: Os que buscam instruir-se e compreender, e os indiferentes.
ELEMENTOS DA CIÊNCIA MAÇONICA
Dentro da história prática, os primeiros centros de estudos maçônicos elevados foram criados na França pelos Alquimistas, místicos adeptos das ciências ocultas: Iluminados de avinhão, Rosa-cruzes, Teósofos, Cristãos, martinistas.
Os elementos dessa ciência se encontram:
Nos símbolos: Cifras e números simbólicos, ternário, quaternário, setenário, etc.
Nas figuras: Triângulos, estrelas (pentagrama), painel das lojas.
Nas Lendas: Lenda de Hiram, lenda de Salomão, INRI, História de J.B. Molay.
Nos Utensílios: Malho, nível, régua, esquadro, compasso, pedra cúbica, espadas, punhais, etc.
Nas Palavras: Palavras de passes hebraica e latinas, expressões na língua profana do iniciado.
Nos Sinais: Senhas e Toques de cada grau.
Nas Jóias e decorações: Jóias, flâmulas.
Na Linguagem escrita: Com caracteres especiais e secretos, segundo os graus.
O GRAU DO APRENDIZ
Detalhes que o profano deve deixar de lado, se despojar de objetos que traga, como objetos de metal, carteira, decorações, adornos, etc.
O postulante a aprendiz deve enfrentar toda a decoração mortuária em sua iniciação simbólica dentro da CÂMARA DE REFLEXÃO.
Essa cerimônia consiste em alertar ao postulante que ele deve ser desprendido de todas as coisas terrenas e passageiras; ao se desprover de seus bens materiais deve entender que o dinheiro é um MEIO e não um FIM.
o POSTULANTE é levado à câmara de reflexões com os olhos vendados e somente ali, dentro da câmara, ele tira a venda dos olhos; a partir daí ele escolherá se deve seguir ou recuar sua caminhada.
Pela natureza do local, ele é propositalmente inteiramente sinistro, paredes negras, adornados de símbolos como Foice, o Galo, frase vigilância e perseverança, caveiras, lágrimas desenhadas, ampulheta.
O galo significa que deve meditar sobre o despertamento da consciência. Vigia os teus defeitos e buscas o auto-aperfeiçoamento. O galo representa a luz do dia.
A foice significa a morte, inevitável; junto com a ampulheta são fatais em suas significações de que o tempo passa e não deves perder tempo.
Dentre toda essa simbologia se destacam as palavras:
"se é curiosidade que te traz aqui, volta!
Se temes ser descoberto sobre teus desejos, sentir-se-ás mal entre nós!
Se és capaz de dissimulação, treme! Porque penetraremos e leremos o fundo do teu coração!
Se tens apego às distinções humanas, sai, porque não se conhece isso aqui!
Se tua alma sentiu medo, não vás mais longe!
Se perseveras, serás purificado pelos elementos, sairás do abismo das trevas e verás a luz!".
O postulante fica um bom tempo dentro da câmara refletindo sobre os objetos que vê, lê e observa durante sua incursão.
O postulante então deve responder a três indagações em seu testamento:
1º Qual são os deveres do homem para com a sua pátria?
2º Qual são os deveres do homem para consigo mesmo?
3º Qual são os deveres do homem para com seus semelhantes?
Esse testamento não é dos seus bens terrenos, mas filosófico, no qual ele deve renunciar à sua vida passada...
Autor: Henri Durville
JABULON
Jahbulon ou Jabulon é uma palavra que foi utilizada para representar o nome inefável de Deus em algumas sociedades como a Maçonaria e a Ordo Templi Orientis.
A palavra Jahbulon também é representada em outras formações como Yahbulon ou Jao-Bul-On ou Jah-Buh-Lun ou Jah-Bul-Lun ou Jah-Bel-On.
Foi utilizada historicamente em alguns rituais do grau de Arco Real, no Rito de York, segundo Duncan; e, de acordo com Francis X. King, também é utilizada nos rituais do Ordo Templi Orientis, visto que Aleister Crowley teria contato com vários grupos clandestinos maçônicos.
Tem havido muita discussão sobre a origem e o significado desta palavra. Não há consenso mesmo entre os pesquisadores maçônicos quanto ao referido nome. Há estudiosos maçônicos que apresentam a palavra pela primeira vez no século XVIII no ritual do Arco Real, do Rito de York, como o nome de um explorador alegórico pesquisando as ruínas do Templo do Rei Salomão; há enciclopedista maçônico que afirma que a formação trissílaba é apenas para expor e esclarecer sobre o tetragrama, e defende que Bel seria um nome descritivo para Deus em hebraico; já autores ex-maçons têm alegado que seria um maçônico nome de Deus; outros autores não maçons defendem que seria o secreto e não revelado nome de quem seria um único "Deus maçônico".
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