Quero ser como as águas dos rios Que nascem das fontes, Que descem dos montes, Aos saltos, cantando, Cantando e chorando, Que vão, sem parar, Falando de amores Em ternos clamores, Que rasgam as terras, Que cruzam as serras, Caminho do mar.
Que não querem às fontes voltar!
Que levam as folhas Envoltas em bolhas, Correndo altaneiras, Formando cachoeiras De força, vigor, Crescendo, crescendo, Lá vão imponentes, – São águas correntes – Fazendo rumor.
E que tem uma rota segura!
Que formam as ondas, Que morrem redondas, Marchando somente Em passo de frente,
Com fibra tenaz; Que vão para os mares, Em loucos cantares, E rindo ou chorando, Prosseguem, rolando, Não voltam atrás.
Quero ser como as águas dos rios, Que não querem às fontes voltar E que têm uma rota segura, Para um dia morrer no meu mar!
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