E de repente,
Um doente se curou,
Alguém perdoou ou pediu perdão,
Alguém abriu os braços,
estendeu as mãos.
E de repente,
Uma mãe enlutada encontrou consolação,
Um órfão obteve a adoção
E no asilo houve visitas para o ancião.
E de repente,
Uma fera humana retraiu as garras,
Um arrogante considerou a humildade,
Um avarento doou com generosidade.
E de repente,
Um talento escondido aflorou,
A divina singularidade se expressou
E a beleza se fez com majestade.
E de repente,
Um triste deparou-se com a alegria,
Um faminto obteve o pão
E o aflito encontrou a solução.
E de repente,
Reconheceu-se um inocente,
No cárcere um culpado converteu-se
E alhures, alguém superou um vício.
E de repente,
Um trabalhador abençoou o ofício,
Um desempregado achou colocação,
Um lar reafirmou-se na união.
E de repente,
Fez-se paz e luz por toda a Terra,
E qual gigantesca onda, tudo permeou
E o "Verbo" por toda parte ressoou.
Foi um instante fugidio,
clarão de um segundo.
É que neste átimo de tempo abençoado,
Alguém em alguma parte do mundo,
Abriu a alma para Deus com sinceridade
E OROU !
Fátima Irene Pinto
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