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domingo, 16 de dezembro de 2012

A visão do xamã


No ocidente, ensinam-nos a crer que somos seres impuros e corruptos, sem contato com o mundo espiritual, o estado de graça e o paraíso. Essa percepção está tão arraigada que até mesmo aqueles que não possuem nenhuma crença espiritual são profundamente afetados por ela. O caminho do xamã, por sua vez, baseia-se na compreensão elementar de que as pessoas são uma parte integral da natureza, o qual não é nem corrupto, nem impuro. Estamos em contato constante com o mundo espiritual, simplesmente porque ele está à nossa volta, por toda a parte, e nós somos parte dele.

A obsessão do Ocidente pela riqueza material traz mais danos do que podemos supor. Os povos tribais das Américas do Sul e do Norte, assim como os aborígenes da Austrália, desfrutam de uma vida muito mais rica do que jamais poderemos sonhar. Eles vivem dentro de uma tradição espiritual contínua, que nunca se afastou da percepção de que eles são parte da criação. Os celtas também tinham essa visão; ela formava os alicerces de suas tradições e rituais. Quando tentamos recuperar os elementos dos xamãs celtas, devemos adotar esse modo de ver e sentir o mundo, abandonando muito do que consideramos um estilo de vida “normal” no início do século XXI.

Isso certamente não representa uma rejeição ou condenação absoluta da sociedade moderna e da civilização tecnocêntrica em si. Muitas coisas boas foram descobertas e muitos benefícios devem ser preservados. O que proponho não é que descartemos tudo o que conseguimos aprender, mas que tentemos recuperar o frescor e o poder intrínseco da visão do xamã. Quando adotarmos a visão fundamental de que tudo é parte de nós, e que nós somos parte do todo; quando percebermos que não precisamos acreditar numa progressão que vai de “A” no nascimento a “Z” na morte, e que podemos conseguir (leia-se “adquirir”) o máximo possível em nosso caminho; quando passarmos a ver a vida como uma espiral, ao invés de uma linha reta, então teremos atingido um dos pontos-chave do caminho do xamã. Desse ponto, podemos começar a explorar o verdadeiro mundo em que vivemos, seguindo a rede de linhas radiais que surgem de um ponto central (idealmente, de nós mesmos, ou pelo menos do local em que nos encontramos em relação ao universo), rumo aos mais profundos (ou elevados) planos do espírito.

xamanismo celta - john matthews

FONTE:
http://anjodeluz.ning.com/
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Nature boy

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