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domingo, 6 de outubro de 2013

Escutando sentimentos


“Apenas, Deus, em sua misericórdia infinita, vos pôs no fundo do coração, uma sentinela vigilante que se chama consciência. Escutai-a, que somente bons conselhos ela vos dará.”
(O Evangelho Segundo Espiritismo – cap. XIII)

Do Livro: Escutando Sentimentos
Wanderley de Oliveira

INDIVIDUAÇÃO

“O que é certo e errado perante a ‘crise das certezas’ que domina a humanidade?

Quais são as bússolas para nortear a conduta neste cenário de transformações céleres porque passam as sociedades?


A palavra conceito quer dizer ideia que temos de algo ou alguém. Analisamos a vida e os fatos pela ótica individual de nossas conceituações. Nosso entendimento não ultrapassa esse limite.

Alguns desses conceitos resultam da vivência. Foram estruturados pelo uso de todos os nossos sentidos, adquirindo significados.

Chamamo-los experiência.

Outros são frutos da capacidade de pensar e adquirir conhecimento. Determinam os pensamentos predominantes na vida mental.

Quando criamos fixação emocional a esse padrão do pensar, nasce o preconceito.

O preconceito conduz ao julgamento. O julgamento sustenta os rótulos. Os rótulos distanciam da realidade.



A atitude construtiva na Obra da Criação depende da habilidade de relativizar.

Até mesmo a experiência, por mais preciosa que seja, precisa ser continuamente repensada. Evitando a estagnação em clichês.


A vida é regida pela Suprema Lei da Impermanência.

Certo e errado são critérios sociais mutáveis sob a perspectiva sistêmica. Apesar disso, são referências úteis à maioria dos habitantes da Terra, pois funcionam como ‘estacas disciplinadoras’. Porém, em certa etapa do amadurecimento espiritual, constituem amarras psicológicas na descoberta da realidade pessoal, cuja riqueza está nos significados únicos a partir dos ditames conscienciais.

Carl Jung chamou de individuação o processo paulatino de expressar nossa singularidade, isto é, o ato de ‘talhar a individualidade’, aquele ser distinto e único que está latente dentro de nós.

Na individuação o critério certo/errado é substituído por algumas perguntas: convém ou não convém? Quero ou não quero? Serve ou não serve? Necessito ou não necessito?

Questões cujas respostas vêm do coração. Somente aprendendo a linguagem dos sentimentos poderemos escutar as mensagens da alma destinadas ao ato de individuar-se.

E sentimento é valor moral aferível exclusivamente por nós mesmos no átrio sagrado da intimidade consciencial.

Somos aquilo que sentimos. As máscaras não destroem essa realidade.

Nossa integração com a Verdade depende do conhecimento dessa realidade particular: escutar a alma!

Ela se manifesta na consciência cujos sentimentos constituem o espelho.

Saber o que nos convém, saber o que é útil exige dilatado discernimento aliado ao tempo.

E quando sabemos o que nos convém, agimos e escolhemos com responsabilidade na condição de autores do nosso destino.

Quando amadurecemos, percebemos que o certo e errado se tornam formas de entender experiências diversificadas.

A experiência leva ao discernimento. O discernimento é a porta para a compreensão. A compreensão identifica a Verdade.

O caminho de ascensão para todos nós é o mesmo, apenas muda a maneira de caminhar.

Cada criatura tem seu passo, seu ritmo, sua história."


Que cada um se permita ir ao encontro do auto-respeito.
Que cada um se permita ir ao encontro do amor próprio.


É o que eu desejo a todos.


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