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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Tolerância: artigo de museu?


Em fevereiro de 1993 foi inaugurado na cidade de Los Angeles, o Museu da Tolerância com o objetivo de educar e esclarecer sobre o Holocausto, juntamente com outras instituições ligadas ao tema, trazendo o foco para diversos episódios de destruição em massa e discriminação coletiva. Segundo o jornalista estadunidense Edward Rothstein, nenhum museu cujo tema esteja ligado ao Holocausto estaria completo sem evocar outros genocídios ocorridos no século XX - como os de Ruanda, Darfur, Camboja, como prova de que as lições do Holocausto devem ser ensinadas com mais frequência e seriedade.

Existem museus do gênero em Nova York e em Jerusalém. E, ainda este ano, está prevista a criação do Museu da Tolerância na Universidade de São Paulo (USP). Agregado ao Laboratório de Estudos sobre a Intolerância (LEI) da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, o principal objetivo deste museu é fazer conhecer os resultados das pesquisas desenvolvidas no âmbito do LEI e dos centros de pesquisa congêneres nacionais e internacionais. Trata-se de um espaço vivo, uma obra aberta onde pensamentos e ideias serão debatidos continuamente, destacando-se os elementos necessários para proporcionar tanto a jovens como adultos, reflexões sobre a intolerância, com objetivo de desenvolver a cultura da paz.

A crueldade nos fatos históricos assim como o mal, digamos, “doméstico”, assusta por não apresentar razão alguma, fora, tão somente, a animalidade que se oculta no homem como forma de se identificar a ação instintiva, a agressividade manifesta. O homem “humano” é o de bem, pleno, 100% humano, integral. E o homem “mais intensamente realizado que o mundo viu foi Jesus o Cristo, o ‘filho do homem’, isto é, o homem por excelência” (Huberto Rohden, Filosofia cósmica do Evangelho). A expressão ‘filho de...’, exprime o possuidor da qualidade que o complementa. No hebraico, bem-adam e no grego, o uiòs tou anthrópou, o “filho do homem”, segundo Pastorino, é o espírito que já concluiu sua evolução, adquirindo conhecimento próprio, através de suas experiências, alçando os planos superiores. Até chegar lá, precisamos escapar de muitas sombras que cercam nossa existência. O mal é a principal delas. Qualquer resquício de crueldade é um sinal do que temos de animalidade em nós.

No que diz respeito ao mal, todas as religiões aceitam alguma forma de confronto entre a luz e a escuridão. O Zoroastrismo, religião da antiga Pérsia, foi o provável difusor deste “embate” que pode ter influenciado o cristianismo, por exemplo. A partir daí, figuras como Lúcifer que se desgraçou por sua soberba, segundo a lenda, é a imagem da auto-suficiência humana, que, então, dá ao homem o direito de praticar o mal contra seu próximo (Santo Agostinho via a soberba como a raiz do mal). Nem os filósofos se aprofundaram tanto no tema, por entender que esta concepção seria de domínio estritamente teológico. Mas, ultimamente, as ações que atentam contra a racionalidade tornaram-se objetos de estudos da sociologia, da psicologia e até das ciências biológicas a ponto de termos museus destacando a importância da tolerância.

Segundo Bezerra de Menezes, na Didática de Deus, no livro Brilhe vossa luz, psicografia de Chico Xavier, o mal “não é recebido com a ênfase que caracteriza muita gente na Terra, quando se propõe a combatê-lo. A Lei de Deus determina, em qualquer parte, seja o mal destruído não pela violência, mas pela força pacífica e edificante do bem. O mal não suprime o mal. Em razão disso, Jesus nos recomenda amar os inimigos e nos adverte de que a única energia suscetível de remover o mal e extingui-lo é” - e será sempre – “a força suprema do bem”.

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