Estamos vivenciando enormes transformações, tanto no campo científico, quanto no campo moral: novas descobertas e novas tecnologias, desenvolvimento da inteligência e do senso moral. São transformações inevitáveis, sustentadas pelas eternas e imutáveis leis da Natureza, emanadas pela sabedoria e pela vontade do Criador.
Nesse período de ascensão ao mundo de regeneração, convivemos, de um lado, com as ondas de corrupção, de violência, de crenças dogmáticas, de desorientação e desequilíbrio moral; e de outro lado, com a exemplificação do amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo.
Todos aqueles que retardarem a sua evolução espiritual serão descartados e lançados nas “trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes”. Por isso, é nossa responsabilidade reconstituir e reedificar os costumes, para o bem de todos.
Vamos insistir com mais persistência nos nossos bons pensamentos e nas nossas boas atitudes. Mesmo na balbúrdia da inversão de valores do dia a dia, podemos entrar e sair de qualquer lugar mantendo a tranquilidade, o equilíbrio e a postura moral elevada, já que nem tudo nos convém.
Evitemos os desejos fantasiosos e incontidos, rejeitando as apologias da permissividade e dos desregramentos, que só retardam o nosso programa espiritual. Talvez toda uma existência não seja suficiente para reparar pequenas horas que sejam de invigilância e de afastamento do dever.
A Doutrina Espírita não exige adeptos alheios, taciturnos e tristonhos. Pelo contrário, quer que eles sejam alegres e esperançosos, conscientes de que a felicidade espiritual só se adquire superando as dificuldades, as tentações, as expiações e as provas. Não nos esqueçamos de que podemos encontrar a felicidade de muitas formas; a principal delas fazendo o bem, praticando a caridade moral, que consiste em amarmo-nos uns aos outros, apesar das diferenças e das convicções.
Artigo de Altamirando Carneiro
Revista "O Reformador"
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