Senhor de imensa ternura
De coração gigantesco
Pintei-o no meu afresco
Radiante de paz e luz,
Cantei versos com ternura
Para seu jardim de flores
Misturei todas as cores
Para embelezar a Cruz.
Juntei os cacos do vaso
Das muitas vidas sofridas
Porque em certa medida
Fui agressor da verdade,
Quebrei algumas correntes
De preconceito e vingança
Enchi o pote da esperança
Promovendo a liberdade.
Seco a lágrima do rosto
Pois a dor tem outro jeito
Colocar dentro do peito
O saber sobre a vida,
Semeando a minha gleba
De compaixão pelo doente
Plantando bela semente
Na criatura sofrida.
Juntei o bem numa cesta
O saber em farto livro
Coloquei tudo no estribo
Cavalguei na imensidão,
Plantei flores no caminho
Junto de humildes taperas
Transformei garras de feras
Em carícias de mansidão.
Viajei pelas estrelas
Meu Deus que coisa bonita!
Não penso mais na desdita
Depois que vi teu jardim,
De cores tão sublimadas
Luzes que encantam o peito
Arquitetura perfeita
Do universo sem fim.
ACA
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