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sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Fim da Autopiedade


Sim, guardar o sentimentalismo numa gaveta inacessível e voltarmos a atenção para o sentimento... do próximo. Olhemos em derredor. Quem nos cerca? Quem são eles? Do que necessitam? Conseguimos identificar os sentimentos alheios, especialmente em suas carências, angústias e necessidades? Eis o segredo do bom relacionamento. Parar com expectativas, encarar a realidade de si mesmo e voltar a atenção para os que estão próximos de nós. Especialmente os mais próximos.


Perdoar todos os dias, evitar cobranças e exigências, ser fiel às próprias crenças, obedecer ao coração, atentar para as leis humanas e divinas, pensar antes de agir e acima de tudo conhecer a si mesmo. Eis uma síntese de equilíbrio e serenidade. Para si mesmo ou nos relacionamentos.

Não enganar a ninguém, não mentir. Nas orações diárias organizar os próprios pensamentos e emoções. Da identificação dos sentimentos, identificar também as necessidades, tantos próprias quanto alheias para, enfim, enriquecer a vida.

É preciso também sempre lembrar que amigos queridos e amáveis do outro plano da vida nos cercam a vida com carinho e cuidado. Aproximam-se de nós, diariamente, para inspirar boas ideias e soluções para nossos desafios. Para isso usam os meios possíveis: abrem uma página, supostamente escolhida ao acaso, oferecem diretrizes seguras em respostas que nem sempre compreendemos de imediato.

Estejamos, pois, atentos, a esse diálogo possível com a própria consciência e com as intuições dos amigos espirituais, sempre presentes. Atentos também à experiência humana à nossa volta, aprendendo a observar sem julgar, nem comentar, justamente para retirar as lições necessárias à própria caminhada. Equilibremo-nos. Fujamos da autopiedade, da crítica ao próximo, do desânimo, da revolta, do medo e de outros sentimentos ou expressões de sentimentalismo, desnecessárias em sua maioria.

Nas discussões, aprendemos a calar. O silêncio poupa-nos de inúmeros dissabores. Compreendamos, em definitivo, que ninguém muda ninguém, mas podemos mudar a nós mesmos. Aprendamos a amar sem apego, nada exigindo de ninguém. E se queremos algo diferente, plantemos diferente para o amanhã. Não permitamos, enfim, que as ervas daninhas da descrença e da inconstância nos ameacem o esforço no bem.

E, finalmente, a orientação segura que não devemos perder de vista: se desejamos a felicidade, trabalhemos desde hoje na felicidade dos outros.
Isto envolve relacionamento, tolerância, perdão, serviço ao próximo, esforço permanente de boa ação no bem de todos. E, sem dúvida, confiança na vida. Somos todos criaturas muito amadas, carinhosamente acompanhadas da Vida Maior. Confiemos!

Nota do autor: a presente matéria é adaptação, em transcrições parciais, da Conclusão, assinada pelo Espírito Carl, no excelente livro O Passado Vive em Nós, na psicografia de Grace Khawali, edição do Grupo da Paz, e disponível em nossas conhecidas distribuidoras.




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