O Espírito Cárita teve um papel relevante durante a elaboração doutrinária do Espiritismo. Legou-nos em O Evangelho Segundo o Espiritismo e na Revista Espírita, de Allan Kardec, mensagens profundas e enternecedoras, conclamando as pessoas à prática do amor e da caridade, virtudes ensinadas e fielmente exemplificadas por Jesus, infalíveis no combate às causas das misérias humanas: o orgulho e o egoísmo.
Não se tem muitas informações sobre o Espírito Cárita (ou Cáritas, como é também conhecido), mesmo porque, simbolizando a Caridade, haveria de proceder realmente com muita humildade e discrição quanto à sua identidade.
O Evangelho Segundo o Espiritismo reproduz em seu Capítulo XIII, ítens 13 e 14, duas das suas empolgantes mensagens, recebidas na cidade de Lião, no ano de 1861. A primeira delas encerra-se dessa forma:
“Convido-vos para um grande banquete e forneço a árvore onde todos vos saciareis! Vede quanto é bela, como está carregada de flores e de frutos! Ide, ide, colhei, apanhai todos os frutos dessa magnificente árvore que se chama a beneficência. No lugar dos ramos que lhe tirardes, atarei todas as boas ações que praticardes e levarei a árvore a Deus, que a carregará de novo, porquanto a beneficência é inexaurível. Acompanhai-me, pois, meus amigos, a fim de que eu vos conte entre os que se arrolam sob a minha bandeira. Nada temais; eu vos conduzirei pelo caminho da salvação, porque sou - a Caridade”.
Identificando-se como Cárita, o Espírito acrescenta: martirizada em Roma.