TAOÍSMO

O Tao Te Ching é um livrinho de apenas 20 ou 25 páginas, dividido em 81 capítulos. Ninguém sabe ao certo quem o escreveu, mas diz a lenda que foi o filósofo Lao-Tsé, que viveu no século VI a.C., tendo sido mais ou menos contemporâneo de Confúcio. As histórias sobre a vida de Lao-Tsé são muitas e variadas, e os historiadores não têm certeza sequer se ele de fato existiu. Feita esta advertência, a seguir, vamos nos referir à Lao-Tsé como o autor do Tao Te Ching.
TAO - O Grande Princípio
Para Confúcio, o Tao era a suprema ordem do universo que o homem tinha que seguir. Lao-Tsé também concebia o Tao como a harmonia do mundo, especialmente do mundo natural. Só que ele foi mais além: o Tao é a verdadeira base da qual todas as coisas são criadas, ou da qual elas jorram. Várias vezes o Tao é descrito como o Céu, isto é, como algo divino, embora não seja um deus pessoal.
A diferença mais importante entre a concepção de Lao-Tsé sobre o Tao e as outras é que Lao-Tsé acreditava ser impossível descrever o Tao de maneira direta e racional.
O Tao que pode ser descrito não é o Tao real, disse ele. Isso significa que o homem não pode investigar ou estudar a verdadeira natureza do Tao, não pode usar o intelecto para compreendê-lo. Ele deve meditar, imerso numa tranquilidade sem nexos e esquecer todos os seus pensamentos a respeito de coisas externas, como o lucro e o progresso na vida. Só então irá alcançar a união com o Tao e será preenchido pelo Te, a força vital.