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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Orientalismo V - Yoguismo - Parte II - A Essência da Yoga - Meditação


As técnicas de meditação que relaxam os corpos e abrem a mente para receber as energias do Eu Superior ajudam a eliminar da mente as preocupações relativas ao dia-a-dia, e permite que as informações superiores sejam processadas pela consciência do indivíduo.

A meditação, assim como o sonho, é uma forma poderosa de comunicação interior. Ela retira da mente os programas de pensamento consciente para permitir que as informações vibracionais superiores (do Eu Superior) penetrem no “biocomputador” para serem processadas e analisadas; além disso, provoca, ao longo do tempo, alterações graduais na anatomia sutil do indivíduo. Os chakras são ativados e desobstruídos lentamente e a energia kundalini, vinda do chakra básico, acaba subindo pelas vias sutis na medula espinal até alcançar o chakra da coroa.

Ao longo do curso natural do desenvolvimento humano, a pessoa gradualmente desobstrui a maioria dos chakras do corpo. O grau de abertura dos chakras irá depender da capacidade de comunicação com os outros, de expressar ideias de forma artística e criativa, para amar a si mesmo e aos outros e para buscar o significado último da vida.

A prática diária da meditação, ao longo de um período de muitos anos, produz uma gradual elevação da energia kundalini que vai desobstruindo cada um dos chakras por onde passa; desde o centro do básico até o coronal. Nesse processo, as tensões sutis acumuladas ao longo da vida do indivíduo são dissipadas lentamente. Esse desbloqueio também está relacionado com a gradual compreensão das lições emocionais e espirituais necessárias para o correto funcionamento desse chakra.

Ao longo do tempo, os processos emocionais contribuem para o aprendizado dessas importantes lições de vida, à medida que a personalidade consciente começa a compreender as causas dos bloqueios. Essas informações chegam lentamente ao indivíduo através da meditação à medida que ele vai aprendendo a ouvir a sábia voz do seu Eu Superior.

A meditação ajuda a construir pontes energéticas sutis de aprendizado e comunicação que ligam a personalidade física ao conhecimento contido nas estruturas vibracionais superiores da consciência do próprio indivíduo. A repetição de vários sons e mantras, por exemplo, quando efetuada de forma consciente, ao longo do tempo, pode ser muito eficaz para remover da mente os pensamentos conscientes fazendo com que o hemisfério esquerdo saia de cena, silenciando a mente concreta.

Os mantras específicos são sinais de energia vibracional sônica superior que produzem extraordinários efeitos no sentido de elevar a consciência até os níveis espiritais superiores. Tais mantras, quando repetidos (meditação passiva) com frequência ao longo de um determinado período, podem provocar alterações sutis no sistema nervoso, que, associadas à meditação, podem redundar na evolução das estruturas de consciência, a fim de que elas possam processar os níveis superiores de input vibracional.

À medida que superemos as dificuldades e os bloqueios que nós mesmos criamos, os obstáculos ao fluxo interno de energia criativa são dissolvidos e a ascensão das energias kundalini torna-se mais fácil. Os obstáculos, na sua origem, não estão no mundo exterior, mas existem na percepção imperfeita do próprio indivíduo, percepção imperfeita da realidade; são produzidos pela nossa própria maneira de pensar. A eliminação dos bloqueios que impedem a percepção da verdade faz com que os seres humanos cheguem mais perto de compreender o fato de serem manifestações de luz, amor e das energias da Criação. Esses bloqueios, ou melhor, os erros de percepção, nos impedem de conviver harmoniosamente com o próximo e também se manifestam na forma de doenças no corpo físico. A doença irá manifestar-se no sistema de órgãos que ressoa de forma mais íntima com o chakra que rege uma determinada lição a ser aprendida. Às vezes, a lição não aprendida pode não ter originado na atual existência.

Através da meditação, a personalidade poderá vir a descobrir o verdadeiro significado das doenças que afligem o corpo físico.

O verdadeiro propósito da meditação é alcançar um estado de iluminação ou também, como conhecido pela psicologia junguiana (psicologia analítica), a individuação. Como iluminação, seria uma perspectiva mais cósmica ou energética das estruturas da consciência, um senso de unidade com todos os seres vivos e uma compreensão a respeito das questões espirituais subjacentes à realidade física.

Esse elevado nível de percepção permitirá que a pessoa compreenda o significado de sua vida em relação à vida dos outros e ao universo em geral. Esse processo de iluminação está intimamente ligado ao correto alinhamento e ao funcionamento normal dos principais chakras do corpo. Quando a pessoa passa a buscar os significados superiores da vida, geralmente através de religião ou conhecimento sobre estes aspectos superiores (em literatura, cursos etc.) acaba estimulando os sete chakras principais. A meditação amplifica esse processo e acelera a desobstrução dos chakras, ativando sua energia sutil e seu alinhamento de uma forma rápida e direta, que só seria possível através de muita devoção e orações conscientes.


Evidências Científicas do efeito meditativo

A meditação produz efeitos fisiológicos que têm sido documentados por pesquisadores de diversos centros. Cientistas da Universidade Européia de Pesquisas Maharishi demonstram que meditadores experientes apresentam maior coerência na atividade ondulatória cerebral entre os hemisférios direito e esquerdo quando estão praticando meditação transcendental do que das pessoas que não praticam.

As ondas cerebrais refletem de forma indireta a atividade do sistema nervoso central. O significado de uma maior coerência na atividade ondulatória cerebral poderá ser compreendida examinando a diferença entre a luz coerente dos lasers e da luz incoerente da vela. Quando as ondas luminosas são induzidas a se deslocarem lado a lado, como num feixe de laser, a ampliação de energia é enorme. Uma maior coerência na atividade elétrica cerebral pode refletir alterações semelhantes na aplicação da energia mental. A ocorrência de uma maior interação e coordenação entre os hemisférios direito e esquerdo do cérebro, encontrada nos meditadores de muito tempo, também está associada a uma maior criatividade e flexibilidade de pensamento.

Alguns Iogues bem conhecidos demonstraram a cientistas ocidentais sua capacidade de controlar seletivamente a atividade cardíaca, a temperatura da pele e o fluxo de sangue. Outros estudos demonstraram que determinadas práticas meditativas iogues produzem efeitos terapêuticos benéficos à saúde física.

O cientista Itzahak Bentov observou, durante a meditação, a ocorrência de uma pulsação rítmica registrada num aparelho especial. Ele observou que a lenta e ritmada micro-oscilação de todo o corpo torna-se nítida e regular. À medida que o ciclo respiratório vai alterando, o mesmo acontece com a atividade cardíaca.

Os micromovimentos do corpo detectados pelos aparelhos durante a meditação são muito pequenos, porém, a oscilação é suficiente para produzir alterações mensuráveis no sistema nervoso. Determinados micromovimentos geram ondas acústicas planas que reverberam no espaço fechado da cavidade craniana. Essas ondas se concentram nas cavidades ventriculares ocas e cheias de fluido existentes no interior do cérebro. Em dois ventrículos, os movimentos reflexos das ondas planas criam ondas acústicas estacionárias, cujas frequências dependem da forma e do comprimento dos ventrículos cerebrais. Essas vibrações são transmitidas para os tecidos cerebrais circundantes e conduzidas até os nervos do ouvido médio, onde produz os “sons interiores” que frequentemente são ouvidos pelos meditadores. Essas ondas acústicas estacionárias produzem um movimento no grande feixe de nervos que liga os dois hemisférios cerebrais (o corpo caloso). Essa energia acústica é transformada em atividade elétrica nos tecidos cerebrais que correspondem a diversas partes do corpo. A partir do corpo caloso, a atividade nervosa faz um percurso circular ao longo do córtex sensorial que, quando estimulado, produz a sensação de que a parte correspondente do corpo está sendo tocada.

À medida que as correntes produzidas pelas vibrações se deslocam através do circuito de reverberações, a matéria cinzenta é gradualmente polarizada na direção do fluxo de energia. Quando a corrente lenta alcança as áreas de resistência ao fluxo energético, no tecido do córtex sensorial, o sinal persiste até conseguir passar para a próxima área. Este processo continua até que as velhas questões estressantes e bloqueios ao fluxo de energia tenham sido eliminados do circuito cerebral. Quando a corrente lenta chega a uma área de tensão ou de bloqueio, a pessoa tem uma sensação de dor na área correspondente do corpo. Embora a sensação tenha origem no córtex sensorial, a dor dá a impressão de provir do corpo físico. A hipótese de Bentov sugere que depois que o circuito através do córtex sensorial tiver sido completado e todas as tensões eliminadas, o fluxo de energia passa a estimular os centros de prazer.

A sensação de prazer e satisfação é geralmente experimentada por meditadores avançados depois de vários anos de prática. Outro fenômeno interessante observado é a “ignição”, a estimulação elétrica repetida de baixa intensidade do sistema límbico, um importante centro cerebral de emoções e memória espacial. No caso da Kundalini, a tempestade elétrica, depois de ser ativada por neurônios especiais, desloca-se rigorosamente ao longo de caminhos neurais bem definidos existentes no interior dos sistema límbico. A ativação do sistema límbico pela meditação (por meio de efeitos da ressonância coração-cérebro) pode determinar o surgimento de um novo conjunto de circuitos neurais no cérebro. A ignição também produz padrões de descarga que ativam ambos os lados do cérebro. Assim, a estimulação desse extraordinário circuito límbico pelo circuito primário do córtex sensorial evoca extraordinários fenômenos visuais por meio da ativação do córtex occiptal. Tais fenômenos, como a visão de luzes brilhantes e grande felicidade são realmente comentados pelos meditadores avançados.

Há possibilidade de ocorrência de casos de ativação espontânea do processo kundalini em indivíduos sensíveis e cronicamente expostos a estímulos acústicos, mecânicos, elétrico na faixa de frequências produzidas pelos processos naturais de meditação (na faixa de quatro a sete ciclos por segundo). Essa ativação também pode ocorrer em virtude de uma abertura prematura dos chakras pela ascensão da energia kundalini antes que o sistema nervoso tenha tido oportunidade de assimilar o grosso do input (entrada) de energia. Esses casos de ativação espontânea da kundalini geralmente originam sintomas graves e prolongados.

A kundalini, enquanto processo de desenvolvimento da prática regular da meditação, é uma forma pela qual pode-se livrar das tensões acumuladas no corpo físico e sutil no longo da existência e abrir seus canais de comunicação para a sintonização e a expressão criativa dos níveis superiores de input vibracional e sutil. Através dos efeitos transformacionais sobre o sistema nervoso, a kundalini elimina as tensões do corpo e da mente logo que elas se manifestam, prevenindo, assim, o acúmulo de novas tensões. Quando as velhas tensões são descarregadas, criam-se novas vias de atividade neural no interior do cérebro, ou seja o antigo cérebro é reorganizado de modo a criar novos circuitos que revelam novas capacidades e potenciais. Bentov sugere que as conexões criadas pela meditação e pelo processo kundalini produzem ligação mais forte e mais consciente entre os sistemas nervoso autônomo e cérebro-espinal, isto é, os processos autônomos inconscientes como respiração, atividade cardíaca e outros ficam sob o controle do córtex cerebral e da mente consciente.

O percurso feito pelas energias kundalini descrita por Bentov semelhante ao trajeto descrito por iogues taoístas (a Órbita microcósmica) inicia-se nos dedos dos pés, segue pelas pernas até a espinha, sobe pelo pescoço, passa pelo rosto e continua a descer pela parte frontal do corpo. Enquanto sobe pela espinha, a energia estimula as bases internas dos chakras, as quais se ligam aos plexos nervosos localizados ao longo da medula espinal. Ao passar pela cabeça e descer pela frente do peito e do abdômen, a energia estimula as partes frontais dos chakras. Quando isso acontece, a pessoa pode sentir formigamento ou ter outras sensações nas partes do corpo associadas aos chakras. Para os iogues indianos, como vimos no capítulo sobre chakras, o trajeto da kundalini é diferente, porém, aos poucos, através de novas tecnologias e referências de clarividentes poderemos entender melhor esses desencontros.

- A meditação pode revelar as lições ocultas que o indivíduo escolheu aprender durante uma dada existência. Quando os bloqueios de percepção são removidos e o comportamento disfuncional alterado, as doenças que foram criadas nos níveis vibracionais superiores podem ser curadas ou consideravelmente minoradas.



Próximo Artigo: Orientalismo V - Yoguismo - Parte III - As Linhas da Yoga






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