Nos anseios de eterno amor, estruturaste teus planos com base na pessoa querida.
Retemperaste tuas qualidades, volveste teus olhos para um futuro de confiança, ante o companheiro que elegeste para fruir contigo o hálito da união ideal. O amor foi a garantia de teus desejos.
No entanto, passados os anos, esse mesmo amor parece adoecer.
Crises surgem, enquistando o ambiente de teu lar. Dor e lágrima, intriga e desencanto varam-te a alma.
Asseveras não suportar as manias e características do esposo ou, muitas vezes, não te afeiçoas à sensibilidade excessiva da esposa, ensejando querelas e ultrajes que colimam na insatisfação plena.
Em verdade, não consegues localizar o fato gerador do desgosto ou a peça defeituosa da engrenagem conjugal que se te parecia protegida contra a discórdia.
Na realidade, o amor que nomeaste como símbolo de tuas aspirações não foi bem aquele amor que supunhas ser o mais qualificado para ti. lsso porque o verdadeiro amor renuncia; perdoa, esquece todo o mal; silencia, ampara sem exigir; tolera sem reclamar; ama e pacifica, traduzindo-se em sustentáculo da fraternidade.
Se tua união afetiva tornou-se campo minado de injúrias e inquietações, entra em ti mesmo, reconsidera atitude e engendra a tua reforma íntima, afim de salvaguardares o teu matrimônio.
Todavia, caso semelhante tentativa se te afigurar de difícil realização, indo além de suas próprias forças, evita quedas maiores, seguindo tua rota e desimcumbindo a outra parte, para que ambos aprendam, nos embates da vida, que uma união afetiva é sempre compromisso divino que precisa ser enrijecido no solo da paciência e mais paciência.
Do livro "Opiniões Singelas Sobre o Amor e a Paz" Pelo espírito de José
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