Ainda que eu fale as línguas dos homens
e dos anjos, se não tiver amor,
serei como o bronze que soa, ou como
o címbalo que retine.
Ainda que eu tenha o dom de profetizar
e conheça todos os mistérios e toda a ciência;
ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto
de transportar montanhas,
se não tiver amor, nada serei
E ainda que eu distribua todos
os meus bens entre os pobres
e ainda que entregue meu próprio
corpo para ser queimado,
se não tiver amor,
nada disso me aproveitará.
O amor é paciente, é benigno,
o amor não arde em ciúmes,
não se ufana, não se ensoberbece,
não se conduz inconvenientemente,
não procura seus interesses,
não se exaspera,
não se ressente do mal;
não se alegra com a injustiça,
mas regozija-se com a verdade.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera,
tudo suporta.
O amor jamais acaba.
Mas, havendo profecias, desaparecerão;
havendo línguas, cessarão;
havendo ciência, passará.
Porque em parte conhecemos,
E em parte profetizamos.
Quando, porém, vier o que é perfeito,
o que então é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como
um menino, sentia como um menino.
Quando cheguei a ser homem,
desisti das coisas próprias de menino.
Porque agora vemos como em espelho,
obscuramente, e então veremos face a face;
agora conheço em parte, e então
conhecerei como sou conhecido.
Agora, pois, permanece a Fé,
a Esperança, e o Amor.
Estes três.
Porém, o maior deles é o Amor.
REFERÊNCIAS
Coelho, P. O Dom Supremo/Henry Drumond.
Traduzido e adaptado do sermão “A coisa mais importante do mundo”, por Paulo Coelho.
Rio de Janeiro: 1991, p.17-18.
BÍBLIA. Português. BÍBLIA SAGRADA.
Tradução: Padre Antônio Pereira de Figueiredo.
Rio de Janeiro: BARSA, 1977.
Primeira Epístola de São Paulo aos Coríntios,
XIII: 1 a13, p.151-152.
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