A fé é uma das características do espírito, encarnado ou desencarnado, assim, como o amor e a esperança. Mas o que é a fé no dicionário Aurélio?
Esse substantivo feminino quer dizer firmeza na execução de uma promessa ou confiança. É muito mais do que a crença e com ela não se confunde a esperança; é um elemento intrínseco da estrutura da vida, da dinâmica do espírito do homem na Terra.
Até o presente a fé só foi compreendida no sentido religioso porque o Cristo a revelou como poderosa alavanca de elevação do homem para Deus. Já a religião é uma organização humana estruturada para atender os interesses de grupos na divulgação da fé. Ter fé não significa necessariamente reconhecer qualquer organização sacerdotal. Devemos estar conectados diretamente a Deus sem precisar de condutores profissionais que querem mais o dinheiro da pessoa do que mesmo vivenciar o amor de Jesus.
No aspecto religioso, a fé não é uma crença em dogmas particulares que são apresentados por algumas religiões. Nesse sentido, a fé pode ser raciocinada ou cega. A fé racionada é aquela que possui o sentimento inato de seus destinos futuros e é a consciência que ela tem das faculdades imensas depositadas em germe no íntimo humano, a princípio em estado latente, e que lhe cumpre fazer que desabrochem e cresçam pela ação da sua vontade ativa. A fé cega nada examina, aceitando sem controle o falso e o verdadeiro, e a cada passo se choca com a evidência da razão. Levada ao excesso produz o fanatismo.
O magnetismo é uma das maiores provas do poder da fé posta em ação. É pela fé que ele cura e produz esses fenômenos singulares qualificados outrora de milagres. Mas é preciso a honestidade e objetivos superiores na utilização da força magnética, pois, com objetivos inferiores pode tornar-se charlatanismo.
A fé sincera e verdadeira é sempre calma, faculta paciência que sabe esperar tendo o seu ponto de apoio na inteligência e compreensão das coisas, dando a certeza de alcançar ao objetivo visado.
A fé pode ainda ser racional ou irracional: Enquanto a fé racional é o resultado da atividade interior do homem, a fé irracional é a submissão à determinada seita que se aceita como verdadeira, quer seja ou não. O elemento da fé racional é oferecer à análise e sua comprovação tendo a completa e perfeita compreensão de hoje ou do amanhã.
Por isto Allan Kardec – O Codificador do Espiritismo - afirmou que a fé e a razão devem seguir de mãos dadas em direção a Deus. Salve Kardec no seu aniversário – 03 de outubro de 1804 – e o dia 18 de abril, corrente, data comemorativa dos 155 anos de O Livros dos Espíritos. Os nossos agradecimentos!
João Cabral
- Presidente da ADE-SERGIPE -
Jornalista e Radialista
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