Se a compreensão já se te fez luz nos recessos da alma, reflete nos problemas da fome espiritual.
Não existiria a delinquência na Terra, em tamanha extensão, não fosse a carência de recursos na sustentação da alma.
Indaguemos dos companheiros internados em sanatórios e instituições outras de trabalho reeducativo, para tratamento das alterações psicológicas de que são portadores, se teriam caso soubessem quanto lhes custaria a recuperação.
Conheces as estatísticas referentes às áreas do Planeta ameaçadas pela falta de pão.
Medita nas multidões, em todos os setores da experiência terrestre, que clamam por esclarecimento e consolo, segurança e tranquilidade.
Fotografas a presença de certas enfermidades no corpo através da radiografia.
A biópsia fornece exata notícia do câncer.
Quem fará a identificação do desânimo no caráter juvenil ou da tempestade de lágrimas que arrasa um coração materno?
Sai de ti mesmo e ampara aos que esmorecem de inanição na vida íntima.
A fome do estômago grita e agride.
A fome do coração, no entanto, é anestesiada pelas sombras da ignorância, quando as sombras da ignorância acerca de Deus e da imortalidade alcançam as forças do sentimento.
Tolera, serve, eleva e abençoa.
Para auxiliar na extinção das trevas de espírito, ninguém te pede espetáculos de grandeza.
Basta te disponhas a estender essa ou aquela migalha de amor num raio de luz.
Meimei
do livro: “Amizade”
Francisco Cândido Xavier
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